O polaco contratado ao Lodz no último defeso parecia perdido no plantel dos estudantes - havia jogado apenas meia-hora na Liga - mas uma nova oportunidade de Domingos Paciência, no último domingo, e logo como titular, revelou um jogador cheio de vontade de mostrar serviço e que acabou por ser decisivo na vitória da equipa graças a duas assistências para golo. Chegou a hora de Madej na Académica?
«Nos primeiros dois a três meses, logo a seguir à minha chegada, senti-me muito cansado. Era uma nova cultura, nova língua, nova casa, tudo era novo. Agora já me sinto melhor, mais adaptado aos treinos e a minha família também se sente melhor. Reconheço que o meu rendimento foi fraco nos primeiros tempos mas agora melhorei», reconhece o médio-ofensivo da Briosa, num português ainda muito tortuoso.
Durante o período de penumbra, Madej confessa que não chegou a pensar em sair do clube, apesar da reabertura do mercado em Janeiro, valendo-lhe os incentivos do seu empresário. «Tive muitos problemas na cabeça. Falei com o meu agente [Gaspar Freire] e ele sempre me disse para estar tranquilo e esperar pelo final da época», revelou o jogador, que não foi capaz de responder se pretende mudar de ares no fim da temporada, mesmo que comece entretanto a jogar com regularidade.
A boa exibição de Madej só terá surpreendido quem não o conhece. Num breve apresentação, o polaco esclarece que já no seu país era costume dar muitos golos a marcar e não apenas a partir de bolas paradas. «As assistências foram minhas mas há mérito de quem fez os golos. O Lito cabeceou muito bem. Estou muito contente pelo jogo que fiz e mais ainda por ter ajudado a Académica a conseguir os três pontos», sublinha.
Agora, como é natural, pretende continuar no onze de Domingos Paciência para mostrar, de uma vez por todas, que tem lugar na equipa. «Claro que gostaria de jogar mais. Se o treinador me chamar estarei pronto para corresponder», assegura.
Quarteto condicionado no regresso aos treinos
O plantel da Briosa voltou aos treinos nesta terça-feira, num treino de regeneração já que foi o primeiro após o jogo com o Marítimo. Por isso mesmo, quatro jogadores (Luiz Nunes, Pedro Costa, Nuno Piloto e Cris) trabalhar à parte, numa medida de gestão de esforço, enquanto Orlando (estiramento num adutor) fez apenas tratamento e Sougou (mialgia) corrida. É esperado que ambos, depois das respectivas reavaliações, já possam começar a trabalhar com alguns condicionalismos, nesta quatra-feira.
Durante a sessão, o médio Júlio César chegou a pregar um susto, mas acabou por recuperar de um toque no tornozelo direito, tendo saído para o banho com a zona afecta envolta em gelo, apenas por precaução.