Entre eles, estará a única Bola de Prata, símbolo do melhor marcador do campeonato, conquistada por um jogador da Briosa, Manuel António, em 69/70. E que tem associada uma história deliciosa, como referiu o ex-jogador esta terça-feira:
«Uma vez, pediram-me para me tirar uma fotografia com ela e perguntei à minha mulher onde estaria. Ela respondeu: o quê? Estava na lavandaria... Depois, comprei um armário para que isso não voltasse a acontecer.»
A grande esperança da velha glória é agora o neto, em quem deposita a fé de que possa, também ele, ser um dia o melhor marcador do campeonato.
O facto de o clube ter passado por diversas fases de organização (primeiro como secção de futebol da Associação Académica de Coimbra, depois como Clube Académico de Coimbra e, finalmente, como Organismo Autónomo de Futebol) levou a que muitas peças ficassem espalhadas, nomeadamente no Museu Académico da Universidade de Coimbra.
É lá que se encontrava, por exemplo, a Taça de Portugal de 1939, entre outras relíquias, que vão passar a figurar numa sala do rés-de-chão do Estádio Cidade de Coimbra. O espaço irá ser batizado com o nome de uma personalidade, de um momento ou situação ligada à Académica, já que o presidente não quis ainda revelar esse dado em concreto na cerimónia de apresentação.
A data escolhida para a inauguração, tem a ver não só com os 40 anos da revolução, mas porque foi também em 1974 que a Universidade decidiu extinguir a secção de futebol e assim nasceu o Clube Académico de Coimbra. A ideia é juntar todas as conquistas, nas diversas modalidades, das três designações que o clube assumiu ao longo dos anos.
A mais recente jóia da coroa é, naturalmente, a Taça de Portugal de 2012, que Ricardo segurou com todo o orgulho, mas também há que salientar a bota de ouro cedida por Sérgio Conceição para o melhor jogador da Liga belga de 2005, ou a camisola da seleção com a qual marcou três golos à Alemanha no Europeu de 2000.