Já cheira a festa no Estádio do Dragão. O tempo convida a sair de casa e os adeptos do F.C. Porto começam a concentrar-se nas imediações do palco que pode servir a conquista do tricampeonato.
O pequeno Paulo mostra o seu cachecol azul e branco com orgulho, naquela que vai ser a sua estreia no Dragão. Entre rápidos «sim» e «não», o Paulo surpreende com um prognóstico para o encontro desta noite: «10-1». A pergunta até foi repetida pelos familiares, que até pensavam ter ouvido mal, mas o rapaz não tinha dúvidas: «Sim, é 10-1. O Quaresma marca os golos». É o seu ídolo, pois claro.
A família Silva é mais comedida nos resultados, mas a esperança é a mesma. Bruno, o pai, acredita no 2-0 final, com golos de Lisandro para reforçar a liderança dos melhores marcadores: «Estamos confiantes, não há dúvida nenhuma. Se não for hoje é noutro dia qualquer. Mas acreditamos que é hoje porque jogamos em casa e está tudo a nosso favor. O F.C. Porto já está habituado a estes grandes jogos. Está quase no papo».
A mãe Marta segura o carrinho do pequeno Rafael, que já está equipado a rigor e até já é sócio do F.C. Porto: «Se não for hoje, não ficamos chateados, porque este ano já está ganho. O título não é de mais ninguém e não vai sair aqui do Norte. Se não for hoje, podia ser daqui a duas semanas com o Benfica que até é melhor».
«Estas coisas do Apitinho também nos motivam»
Com bastante mais experiência nestes assuntos, o senhor Moreira olha para o Estádio do Dragão com alguma desilusão: «Não vou ao jogo não só porque o estádio já está cheio, mas também porque o futebol está caro. Gosto muito do F.C. Porto, mas não dá».
«Não tenho dúvida nenhuma que o F.C. Porto vai ser campeão hoje. Só se eles se lembrarem de desistir. Da maneira que o F.C. Porto vai jogar hoje, julgo que ao ataque, só espero que o Estrela da Amadora não ponha a camioneta cá atrás. Estamos motivados para ganhar, vimos de bons resultados e estas coisas do Apitinho também nos motivam», afirmou.
Quem também não vai entrar no estádio é Palmira, a vendedora de cachecóis. Há mais de 20 anos nestas funções, Palmira recorda outros tempos, quando o tricampeonato não passava de uma «malapata»: «Tivemos que guardar os cachecóis que diziam tri e deitá-los ao lixo. É por isso que agora o presidente não deixa vender sem ter a certeza. Este ano como já sabemos que vamos ser tri já podemos vender mas no ano passado, por exemplo, só pudemos vender mesmo na última jornada».
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