Para Agostinho Oliveira, responsável técnico pela selecção nacional de sub-21, é impensável esperar, diante do Luxemburgo e da Rússia, uma equipa nacional menos determinada a vencer, pelo facto de o apuramento já estar garantido: «O nosso objectivo era a qualificação, mas claro que pretendemos o primeiro lugar pois dá-nos a vantagem lógica de ir jogar contra os segundos das outras séries», lembra.
O desaire em Viseu, com a Hungria, há duas semanas, e os assobios por parte do público foram uma pedra no sapato em relação ao arranque dos trabalhos para a nova época. Agostinho Oliveira não está preocupado e aponta alguns dados que os adeptos normalmente não têm em conta: «É natural que as pessoas não percebam o que é esta realidade do início da temporada dos nossos jogadores. É algo difícil jogar com um ritmo competitivo desajustado. E isto é normal nesta altura, porque as equipas preparam os jogadores para uma época e não para um jogo particular».
Ainda assim, o técnico desvaloriza junto dos seus jogadores os efeitos dos assobios, condenados na altura pelo presidente da FPF, Gilberto Madail: «O presidente da federação não gostou foi dos assobios para uma selecção que se tem comportado até acima do normal para tudo o que tinha acontecido anteriormente aqui no país. Mas sabemos que as dificuldades que sentimos nesse jogo, devido à fase da época em que nos encontramos, vão continuar contra o Luxemburgo, e de certeza absoluta na Rússia, já que é uma equipa com rodagem bastante grande, atendendo que estão ainda a dois meses do fim do campeonato», salienta.
Agostinho Oliveira não quer colocar a selecção portuguesa num patamar superior ao da Rússia, e recorda a qualidade de jogo já exibida pelo principal adversário de Portugal: «Entendo que a equipa russa também é muito boa, aliás vocês lembram-se bem do jogo cá. Uma equipa de grande qualidade, com praticamente todos os jogadores a rodar na primeira divisão russa e sem as dificuldades que nós temos neste início de campeonato. Mas do nosso lado temos a garantia de que, mesmo perdendo na Rússia, não perdemos o primeiro lugar se ganharmos ao Luxemburgo e à Letónia».