Roman Abramovich quis levar Alex Ferguson para o Chelsea quando adquiriu o clube, em 2003, mas o treinador do Manchester United recusou. A revelação foi feita pelo próprio Ferguson, numa entrevista ao canal norte-americano PBS.

«Usaram um empresário para me abordar quando o Abramovich começou por pegar no clube e eu disse: «Nem pensar», contou o escocês: «Porquê sair?»

Nesta entrevista Ferguson estende ainda uma mão a David Moyes, o seu sucessor no United, debaixo de fogo depois do pior arranque na Premier League em 24 anos, dizendo que o clube está em boas mãos.

E garante que não lhe passa pela cabeça voltar a treinar: «Não estou interessado em treinar outra vez ou preocupar-me com os resultados do Manchester United. Estariam a atirar dinheiro fora se apostassem no meu regresso como jogador», diz, acrescentando que agora quer gozar a reforma e ver desporto como espectador: «Tomei a minha decisão, o timing foi perfeito. Não há retorno para mim agora. Tenho uma vida nova. Quero ir ao Kentucky Derby e ao Masters dos Estados Unidos, à Melbourne Cup. Quero visitar vinhas na Toscânia e em França.»

Ferguson reiterou ainda que Rooney pediu para deixar o clube no dia seguinte ao Manchester United ter assegurado o título inglês na época passada, mas defende que é muito importante «não guardar ressentimentos».

Por fim, explicou assim o segredo dos proverbiais finais de jogo com o seu Manchester United, tantas vezes marcados por golos e reviravoltas no final: «Dizia-lhes sempre ao intervalo: nos últimos 15 minutos atirem tudo, até o lavatório da cozinha!»