Em tempo de arranque da Liga, Maisfutebol faz uma análise de cada equipa. Expectativas, apostas e riscos. Deixe também a sua opinião.
Expectativas
Um dos clubes com maior base de adeptos - quinto em matéria de sócios segundo a estimativa do site FutebolFinance, apenas superado pelos grandes e Guimarães - a Académica parece querer assumir finalmente pretensões a regressar a um passado de glórias. O objectivo é claro e assumido por todos: repetir, no mínimo, o sétimo lugar da época passada se não for possível, até, superá-lo.
Plantel
A equipa parece ter soluções em quantidade e qualidade em dois sectores (defesa e meio-campo, especialmente neste último) mas, para já, com existem interrogações ao nível da baliza, onde a responsabilidade sobre Ricardo é enorme e falta saber se Peskovic, de mal-amado a herói nos jogos com Sporting e Benfica, não deixará saudades. Também no ataque, onde há três pontas-de-lança, é certo, há apenas um com verdadeira experiência de primeira liga, ainda que não muita (Miguel Fidalgo).
Sabia-se, de antemão, que o investimento dos estudantes para a nova época não seria excitante mas, aparentemente, parece ter ficado ainda mais curto do que o esperado. Depois de três contratações económicas - Bru, Rafael Emídio (ambos a custo zero) e Bruno Amaro (por empréstimo) - , era expectável que utilizassem as poupanças na aquisição de um ponta-de-lança de maior craveira, tal como fizeram no ano passado com Garcés. A solução passou, todavia, por um novo empréstimo, o de Miguel Fidalgo, para surpresa da sempre exigente massa associativa coimbrã.
Veja o plantel e calendário da Académica
Treinador
De regresso ao centro do país, onde foi especialmente feliz na Naval, depois de projectos pouco produtivos em Braga e Aveiro, a Rogério Gonçalves pede-se, no fundo, que altere o mínimo possível em relação aquilo que Domingos Paciência conseguiu tão bem fazer.
Melhor opção
Segurar o veterano Lito. Apesar dos seus 34 anos, estava praticamente com os dois pés fora do clube quando Rogério Gonçalves chegou e fez ver da necessidade de não o deixar fugir.
Pior opção
A perda de Nuno Piloto. Financeiramente era impossível mantê-lo no plantel em função das ofertas que recebeu mas mudar-se para o 11º classificado da última Liga grega não parece um progresso em matéria desportiva na carreira do jogador. O que vale é que a saída foi bem colmatada com as entradas de Paulo Sérgio, Bru e Bruno Amaro.