8 de maio de 2011 – 17 de abril de 2016. Quase cinco anos separam as únicas duas equipas iniciais do FC Porto com cinco portugueses no onze inicial, para o campeonato.
José Peseiro apostou em Danilo Pereira, Sérgio Oliveira, Rúben Neves, Silvestre Varela e André Silva para o ataque – bem sucedido – ao Nacional da Madeira.
Há muito, muito tempo, que o FC Porto não punha em campo uma representação portuguesa tão alargada na principal prova nacional. E Francisco Ramos ainda foi lançado no segundo tempo. Nestas contas não incluímos Bruno Martins Indi, nascido no Barreiro mas internacional holandês.
Para encontrar um onze inicial tão português, é preciso recuar então até à fase final da extraordinária temporada de 2010/11.
André Villas-Boas tinha duas finais para preparar, Liga Europa e Taça de Portugal, e o título já garantido. Fez algumas mudanças na estrutura-base e apresentou a seguinte equipa contra o Paços de Ferreira, jornada 29:
Beto; Sereno, Rolando, Maicon e Álvaro Pereira; João Moutinho, Souza e Rúben Micael; Hulk, Falcao e James Rodriguez.
Falcao fez dois golos, Hulk um, mas a grande estrela da noite foi… Pizzi. Treinado por Rui Vitória, o Paços apresentou o atual médio do Benfica no ataque, com Nélson Oliveira e Manuel José. Fez três golos e foi o melhor em campo para o Maisfutebol.
Num contexto radicalmente oposto, Peseiro sugeriu uma leve mudança de paradigma para o futuro, com o regresso interessante do produto português às primeiras escolhas:
Iker Casillas; Maxi Pereira, Danilo Pereira, Bruno Martins Indi e José Ángel; Rúben Neves e Sérgio Oliveira; Corona, Herrera e Varela; André Silva.
No total, os adeptos do FC Porto tiveram de esperar 155 jogos do campeonato até voltar a ter cinco futebolistas portugueses no onze inicial. Sinal dos tempos.
A primeira vez que os azuis e brancos entraram sem portugueses para um jogo da Liga aconteceu a 5 de outubro de 2014. Vitória por 2-1 sobre o Sp. Braga, fase inicial da era-Lopetegui.
Análise
18 abr 2016, 13:28
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