Foi um dia difícil e ficou estragado com a pesada derrota de Portugal. Nem deu para ver bem os jogos que se seguiram, primeiro com o Irão de Queiroz a empatar e depois com os Estados Unidos a vencer o Gana, com o golo da vitória aos 86 minutos, depois de permitir o empate aos 82, no outro jogo do grupo G.

Os americanos precisaram de apenas 30 segundos para abrir o marcador, com uma grande jogada de Clint Dempsey, que surpreendeu os africanos. Com o ex-portista Atsu no onze, o Gana tentou tudo para chegar ao empate, criou muitas oportunidades, mas nunca conseguiu suplantar o sólido Tim Howard. Os Estados Unidos não chegariam ao intervalo sem perder o ponta-de-lança Altidore, que se lesionou com gravidade e deve perder o resto do torneio.

Quando já toda a gente pensava que a vitória não iria fugir aos americanos, o Gana chegou ao empate aos 82m, numa magnífica jogada concluída por Andre Ayew. Mas quatro minutos depois surgiria o golo de Brooks, que deu a vantagem aos Estados Unidos, complicando a vida a Portugal, quando tudo parecia bem mais facilitado.

Confira a ficha do jogo do Estados Unidos-Gana

O Irão-Nigéria foi o jogo mais sonolento deste Mundial e também o primeiro empate. Como escreveu o enviado-especial a Curitiba, Nuno Madureira, «e ao 13º jogo o Mundial parou para bocejar». A equipa de Carlos Queiroz acima de tudo não quis sofrer golos e conseguiu alcançar os seus intentos, somando um ponto num grupo onde será complicado evitar duas derrotas nos jogos remanescentes (com Argentina e Bósnia).

Os africanos não mostraram credenciais suficientes para surpreender uma formação bem organizada taticamente, ficando patente que os dois primeiros lugares do Grupo F serão facilmente atribuídos às seleções que já eram teoricamente favoritas.

Confira a ficha do jogo e a crónica do Irão-Nigéria

E finalmente o jogo do nosso descontentamento. Muito escrevemos sobre ele, como pode ver aqui. http://www.maisfutebol.iol.pt/selecao-portugal/noticias/1668 Correu tudo mal, começando pela goleada, mas também as lesões de Hugo Almeida e Fábio Coentrão, a expulsão de Pepe, a má forma de João Moutinho, a pouca segurança de Rui Patrício e o esforço físico de Cristiano Ronaldo.

Muito vai ter de ser feito para recuperar esta equipa tendo em vista o jogo do próximo domingo, com os Estados Unidos, em Manaus. Paulo Bento sabe que vai ter de mexer no onze, mas a dúvida está se se vai ficar pelas ausências forçadas ou se aproveitará para ir mais além, como fez Scolari no Euro 2004 depois de ter perdido o jogo inaugural com a Grécia. Diga-se que vários jogadores estiverem muito abaixo do esperado, mas talvez não seja prudente operar demasiadas alterações. Os próximos dias terão de ser de intensa reflexão e recuperação do estado de alma da equipa.

Confira a ficha do jogo e a crónica do Portugal-Alemanha

A FIGURA DO DIA - Müller, sem dúvida nenhuma. O avançado alemão foi absolutamente letal perante Portugal, apontando três golos na vitória por 4-0 e ainda esteve implicado na expulsão de Pepe. Só tem 24 anos, mas parece um veterano pela forma personalizada com que está em campo. Para ele nenhum lance está perdido e sempre que tem oportunidade para rematar raramente falha. Em 2010 foi considerado o melhor jogador jovem do Mundial, em 2014 arrisca-se a ser o melhor em termos absolutos.

A FRASE - «Reformular tudo? Seria o maior erro». Quem o diz é Paulo Bento, na conferência de imprensa de rescaldo da derrota com a Alemanha. O selecionador sabe que é preciso recuperar a equipa para o jogo com os Estados Unidos e é preciso mexer na equipa, nem que seja pelas ausências forçadas de Pepe, Fábio Coentrão e Hugo Almeida, mas ir mais além do que isso será pouco provável. http://www.maisfutebol.iol.pt/paulo-bento-selecao-portugal-alemanha-portugal-mundial-2014-copa-2014-cristiano-ronaldo/539f3e1b0cf209afd7a9c54d.html

O NÚMERO - O quinto golo mais rápido de sempre. Clint Dempsey só precisou de 30 segundos para abrir o marcador no jogo com o Gana, naquele que é a partir de agora o quinto golo mais rápido de sempre em campeonatos do mundo. Já agora, vale a pena acrescentar que muito dificilmente alguém irá bater Hakan Sukur

O CASO - Juntemos dois, ambos vindos do Alemanha-Portugal. Primeiro, a expulsão de Pepe, aos 37 minutos, depois de disputar uma bola com Muller e o alemão queixar-se de um toque na cara. O central não gosta, encosta-lhe a cabeça e o árbitro não hesita no vermelho, dando a sensação de que houve excesso de zelo e talvez Pepe tenha sido prejudicado pela sua (má) fama. Mais tarde, aos 76m, quando os alemães já venciam por 3-0, Éder é derrubado na área, mas o árbitro nada marca uma clara grande penalidade. Sem dúvida que não foi um dia fácil para a Seleção Nacional.

O Campeonato do Mundo segue sem interrupções. Nova dose de emoções nesta terça-feira. Veja aqui o que se vai passar.