No regresso a Aveiro, onde ganhou o primeiro jogo oficial da época e também o primeiro título, o Dragão não vacilou e somou a 15ª vitória em 17 jogos. Foi preciso um jogo de paciência, à espera de um erro do adversário, que aconteceu quando André Marques derrubou Hulk em plena área aveirense.

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Feito o mais difícil, o Porto manteve a preciosa vantagem, guardou-a com unhas e dentes, e passou a pressão para o lado do Benfica. Os oitos pontos de vantagem (mínima) ficam salvaguardados, sensação de missão cumprida para os homens da Invicta, e mais um fim-de-semana em tons de azul.

O técnico portista reconheceu o bom jogo de Emídio Rafael, Fernando e James a meio da semana, para a Taça da Liga, diante deste mesmo adversário, e concedeu-lhe de novo a tituralidade, deixando no banco Fucile e Guarin. O vaga aberta com a lesão de Falcao foi ocupada, como se esperava, por Hulk.



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O Beira Mar apostou no rigor táctico que o tem caracterizado, mas redobrou os cuidados, e tentou envolver os portistas com um espartilho difícil de quebrar. Bem posicionados, os homens de Leonardo Jardim deixavam pouco espaço para manobras ofensivas mas foi com a mobilidade de Varela e Hulk, mais tarde também de James que os comandados de Villas Boas começaram, lentamente, a abrir brechas na estrutura aveirense.

Primeiro, foi Varela que, desmarcando Hulk, proporcionou ao colega uma excelente ocasião para marcar não fosse Rui Rego ter-lhe saído aos pés, defendendo por instinto. Estava dado o mote, a que se seguiu um remate cruzado do internacional português que não passou longe do alvo.

Penalty como abre-latas

O Porto procurava a felicidade, perante a quase nulidade ofensiva dos aveirenses, pese os fogachos de Renan ou Ronny, e algumas bolas paradas. Mas não era fácil abrir aquela defesa tão colada à sua baliza e forte no jogo aéreo mas, afinal, vulnerável pelo chão. Foi por ali que Hulk, com uma gancheta sobre o regressado André Marques, arrancou a grande penalidade que permitiu colocar justiça no marcador.

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O goleador azul e branco não perdoou da linha dos 11 metros e, com pouco tempo para o intervalo, nem os forasteiros conseguiram justificar o segundo nem os da casa lograram ter a cabeça no lugar para mudar o plano e reagir com algum atrevimento. Ficou para a segunda parte, quando Leonardo Jardim aumentou o poder de fogo da equipa.

Apesar de o Beira Mar ter aberto um pouco mais o jogo, o F.C. Porto não conseguiu embalar para o segundo e, numa partida agora mais dividida, jogava com o risco, embora detendo sempre mais intencionalidade junto da baliza de Rui Rego e total controlo.

James e Cristian Rodríguez estiveram muito próximos de «matar» o jogo mas quando não foi Rego a resolver, foi a pontaria portista que falhou. Em suma, o Dragão voltou a mostrar que, para ganhar, nem sempre é preciso fazer um grande jogo, basta ter paciência e a cabeça no lugar.