O Benfica voltou a voar em Barcelos onde já não perde há 22 anos. Roger Schimdt voltou a deixar Vlachodimos na bancada – nem ao aquecimento foi – e apostou em Florentino no lugar de João Neves. As águias estiveram em ritmo de passeio até ao minuto 75 – venciam por 2-0 –e o Gil Vicente não dava sinal de vida.

Contudo, acabou por reduzir, e colocou a águia em sobressalto. Musa acabou por ser o herói ao saltar do banco e, na primeira vez que tocou no esférico, voltou a marcar. Podiam descansar os corações dos adeptos encarnados, que criaram um fantástico ambiente em Barcelos, que registou casa cheia (11.792). Ainda assim, o jogo não acabou sem mais um susto: em cima do apito final, os galos voltaram a marcar, mas já não havia tempo para mais.  

Início tranquilo

Roger Schmidt fez saltar Florentino para a titularidade, deixando João Neves no banco. O técnico alemão correspondeu às expetativas, voltando a deixar o grefo Vlachodimos no banco e dando mais poderio físico ao meio-campo. Já Vítor Campelos também não surpreendeu e, pela terceira jornada consecutiva, apostou no mesmo onze.

O Gil Vicente entrou melhor na partida. Com boa troca de bola, com passes curtos, ia conseguindo entrar com alguma facilidade entre a linha do meio-campo e da defesa. Contudo, a partir daí não conseguia acertar o último passe e a baliza à guarda de Samuel Soares não passava de uma miragem.

As águias, aos poucos, foram ajustando as marcações e assumindo o jogo. Ao quarto de hora, o Benfica já estava instalado no meio-campo gilista e Florentino deixou o primeiro aviso, com uma cabeçada para as mãos de Andrew. Logo depois, Marlon comete uma infantilidade na área e rasteira em falta João Mário.

Grande penalidade assinalada de pronto por João Pinheiro e Di Maria, chamado à conversão, abriu o marcador. Os galos assustaram-se e fecharam-se no capoeiro – leia-se, junta à sua área. Os encarnados aproveitaram para tentar aumentar a contagem, valendo ao Gil Vicente Andrew. O guarda-redes defendeu, por instinto e com os pés, um desvio de cabeça de Arthur Cabral após cruzamento de Di Maria.

Até ao intervalo, o Benfica esteve sempre mais perto de chegar ao segundo do que os gilistas chegarem ao empate. Aliás, os galos só em cima do descanso é que fizeram o primeiro remate à baliza benfiquista. Cruzamento de Pedro Tiba e Rúben Fernandes a cabecear para defesa apertada do guardião encarnado.

Quatro golos

Os galos reentraram com vontade de mudar o rumo dos acontecimentos, mas voltaram a ser os encarnados a criar perigo. Di Maria, de livre direto, obrigou Andrew a aplicar-se. Logo depois, o Benfica chegou ao segundo. Contra-ataque rápido conduzido por Rafa, combinação com Aursnes, e o internacional português a marcar.

Corria tudo às mil maravilhas aos encarnados, que pareciam caminhar para uma vitória tranquila em Barcelos. No entanto, Vítor Campelos fez três alterações, de uma assentada, que trouxeram ao jogo gilista mais velocidade. Com isso, começaram a criar maiores dificuldades à defensiva encarnada, obrigando a equipa a recuar. Por outro lado, o Gil Vicente começou a jogar com Dominguez e Fujimoto no miolo de terreno, aumentando consideravelmente a qualidade de passe.

Os galos acabaram mesmo por chegar ao golo a um quarto de hora do fim. Dominguez pegou no esférico, combinou com Fujimoto que assistiu Tidjany Touré para o golo. Animavam-se as hostes barcelenses, em menor número no estádio, que acreditavam na surpresa. E a águia ainda tremeu! Em cima do minuto 90, Depú isola-se e obriga Samuel Soares a fazer uma excelente intervenção.

Musa saiu do banco para fazer descansar os corações dos adeptos encarnados. Na primeira vez que tocou no esférico, o avançado, com alguma sorte à mistura uma vez que o esférico desviou em Ruben Fernandes, fez o terceiro e lançou a festa encarnada. Em cima do apito final, mais um golo, desta feita para os locais. De livre, Dominguez colocou o esférico na gaveta e selou o resultado.