Rui Vitória esclareceu neste sábado, na antevisão ao jogo com o Marítimo, o porquê da pouca utilização de algumas contratações. No entender do treinador do Benfica os poucos minutos são fáceis de justificar e não remetem, de todo, para um fracasso no último mercado.

«Quando contratamos, e no contexto português, as contratações têm de ser pensadas. Por exemplo, no ano passado nasceu aqui o Rúben Dias, atualmente chamado à seleção nacional, e tínhamos aqui o Jardel, que é capitão. Ou seja, quando vou comprar um central não o faço para destronar estes», começou por dizer.

Nesse sentido, esclareceu: «Não é assim tão óbvio, contratar e ter de jogar, mas sim treinar connosco, crescer e passado um ano ou assim ajudar. As contratações têm de ser feitas assim e são na maior parte dos clubes portugueses. Conto com todos. Por isso, dizer que foram um fracasso… não, não foram.»

«No momento em que estamos dificilmente contratamos talentos que façam logo uma linha direta para a equipa principal e, nos últimos anos, as principais aquisições do Benfica têm vindo de dentro e não é por acaso, é porque o talento está cá», acrescentou.

Na mesma ocasião, Vitória falou das opções em geral: «De todos os jogadores, só podem ir 18 e jogar 11. Nem sempre quem começa a época a jogar acaba e nem sempre se está ao mesmo nível durante a época. Têm de estar cientes de que as oportunidades podem chegar e têm de estar preparados. O dia-a-dia é tão acelerado que nem dá para estar a pensar quem jogou e quem não jogou.»