«Vamos discutir o jogo dentro das nossas possibilidades e princípios de jogo», promete Pedro Caixinha, treinador do Nacional, que visita Alvalade em jogo da 12ª jornada da Liga. Os leões não perdem há 115 dias, mas os madeirenses acreditam que podem acabar com a invencibilidade do conjunto de Domingos Paciência.

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O último triunfo do Nacional no reduto dos leões data de 2004/05, precisamente da última jornada, logo depois de a equipa de José Peseiro ter perdido o título na Luz. Os insulares ganharam por 4-2 e Caixinha fazia precisamente parte da equipa técnica dos verde-e-brancos. «Lembro-me perfeitamente dessa. Foi o culminar de uma semana fatídica para nós. O Nacional foi claramente superior em todos os aspectos. Esperamos poder repetir a proeza agora, sabendo que o Sporting já não perde em casa há 115 dias. É uma marca interessante, mas nós temos as nossas ambições, sabendo que vai ser um jogo difícil», sublinhou.

O regresso a um clube por já passou e conquistou alguns títulos é sempre vivido de forma diferente: «É sempre com prazer que regressamos a Alvalade e numa altura em que o Sporting atravessa numa fase muito boa. Mas para nós é mais importante pensar na nossa equipa e no prazer que também terá em jogar em Alvalade, sabendo que vamos ter um adversário difícil, num ambiente fantástico, com 42 mil pessoas. Queremos provar a cumplicidade que já há neste momento no grupo. É isso que queremos passar para o campo, um clima positivo, sabendo o que temos de fazer, que vamos passar por momentos de sacrifício, mas sempre fiéis à nossa identidade.»

Domingos não pode contar com peça importante no meio campo, o holandês Schaars. Os madeirenses também não têm Luís Alberto e Andrés Madrid. Neste aspecto, o líder do onze da Choupana espera que «o Nacional consiga levar a melhor no colmatar das ausências». E explica a sua ideia: «É verdade que o Schaars é importante, mas eles também têm o André Martins, um jovem de muita qualidade que eu tentei levar para Leiria. A chave do jogo está nessa luta a meio campo e, se conseguirmos entrar mais vezes no território deles, estaremos mais próximos da vitória.»

Nada de blocos baixos

São já 39 os dias que o treinador está à frente do Nacional. Questionado se a sua equipa iria jogar à imagem do que fez o Belenenses na Taça foi peremptório. «Claro que não! Quem nos acompanha, sabe que não são essas as nossas ideias. Não fazemos marcações individuais ou blocos baixos. Há que defender a nossa baliza, numa zona de pressing e saber sofrer em alguns momentos.»

O responsável não teve problemas em prometer uma equipa a jogar de olhos nos olhos com os leões. «Vamos discutir o jogo dentro das nossas possibilidades, dinâmicas e princípios. Hoje, há mais cumplicidade na partilha de ideias e valores do jogo entre nós e em todo o grupo. Em Santo Tirso, onde muitos escreveram que não estivemos bem, ficámos muito satisfeitos com o que vimos e por isso só fizemos substituições por lesões. As coisas andaram bem, só faltando o golo, chegando ao último terço com qualidade».

A reabertura do mercado está à porta, mas para já sem novidades. «Quando há uma janela aberta, há sempre entradas e saídas. Estamos atentos a todas as situações mas não há nada de concreto», finalizou.