Manuel Cajuda assegura que deixou a U. Leiria pelo próprio pé. O processo conheceu avanços e recuos, que o carismático técnico explica agora, no momento do adeus. Sem rumo certo, depois de se tornar num técnico livre, afiança, todavia, que não irá desesperar porque tem muito com que se ocupar nos próximo tempos.

«Tinha posto o lugar à disposição a seguir ao jogo do Olhanense e a resposta demorou algum tempo. Ontem voltei a colocar o lugar à disposição e chegámos a um acordo. Quis sair, não quis ser um peso para o Leiria e saí nas condições que solicitei. Não há uma guerra para ver quem é que mandou embora quem. É uma decisão entre as partes e ninguém foi pressionado. Terei as minhas razões e a Administração da SAD terá as suas», começou por afirmar.

U. Leiria oficializa saída de Manuel Cajuda

«Muitas coisas se modificaram, em cinco meses, e nos últimos dias, como por exemplo, o fato de a Liga ter aprovado o alargamento. Pensei que seria uma boa decisão para a U. Leiria trabalhar bem o resto da época, com ambição, começar já a trabalhar com vista à nova temporada», acrescentou, deixando claro os seus propósitos:

«Consumado o alargamento, a minha missão estava consumada. Vim para cá no sentido de ajudar e naquilo que o Leiria precisar, se precisar que ajude de outra forma, estarei disponível. Agora as condições em que vinha a trabalhar eram aquelas que eram publicamente conhecidas portanto, decidimos num acordo e agora é desejar sorte a quem continua.»

A fechar, o técnico sublinha que nada disto foi premeditado. «Não sei o que vou fazer. Não quero ser acusado que já tinha isto programado. Não sei o que vou fazer. Seguramente, não vou andar por aí perdido no mundo, há muitas coisas que posso fazer. Mas não sei o dia de amanhã.»

O treino desta quarta-feira, na Marinha Grande, já foi orientado pelo sucessor encontrado por João Bartolomeu, que promoveu aos seniores o até então responsável pelos juniores, José Dominguez.