Este foi um domingo cinzento em Glasgow, que o Celtic passou na ressaca de uma goleada moralizadora ao Dundee United, mas também a contar as baixas e as dúvidas, que são muitas, para o encontro de terça-feira com o Benfica. E se o tempo promete mudar e tornar-se mais colorido para os dias que aí vêm, o ambiente só pode aquecer.
Gordon Strachan, o treinador do Celtic, ajuda a alimentar a expectativa em torno do jogo da Liga dos Campeões. Se Fernando Santos assumiu que os dois encontros com o Celtic (agora em Glasgow e na próxima ronda na Luz) são decisivos, o técnico escocês evita essas contas e prefere falar ao coração dos adeptos. Strachan define os jogos da Liga dos Campeões como uma experiência que qualquer adepto devia viver. «Faz parte do imaginário dos adeptos, estar envolvido numa noite dessas é como um rito de passagem», observou o treinador em declarações aos jornais de domingo, definindo cada jornada europeia como «uma noite divertida».
Até lá, Strachan tem vários problemas para resolver. O dinamarquês Gravesen já é uma carta fora do baralho, o médio McGeady e o avançado Zurawski estão em dúvida e também o holandês Hesselink, o tal por quem Co Adriaanse suspirou no F.C. Porto, saiu com queixas do jogo com o Dundee, quando regressava após lesão. Strachan disse que Gravesen era a única baixa confirmada, mas admitiu que sobram muitas interrogações. «Há muitos sacos de gelo no nosso balneário», observou.
Esta segunda-feira será tempo de contar espingardas e acertar previsões do lado do Celtic, que treina pela manhã. O Benfica viaja cedo, deve chegar a Glasgow pelas 11h e tem marcado para a tarde, pelas 17h30, o treino de adaptação a Parkhead.