Foram precisos 175 minutos, e duas substituições inspiradas de Alex Ferguson, mas finalmente o Manchester United quebrou o jejum goleador na Liga dos Campeões, conseguindo uma vitória ao cair do pano, no Mestalla, diante do Valência de Miguel (titular) e Manuel Fernandes (suplente utilizado).

Com Nani a dinamizar o flanco direito dos «red devils» e Anderson como patrão do meio-campo, a primeira parte traduziu-se num jogo adormecido, por receios mútuos. Soldado, aos 17 minutos, teve a melhor ocasião nessa fase do jogo, mas não aproveitou uma defesa incompleta de Van der Sar, cabeceando por cima.

Na segunda parte, o equilíbrio manteve-se, mas foi o United a estar mais perto de abrir o marcador, quando Berbatov, escapando-se pelo flanco direito, permitiu a defesa a César no frente a frente.

Depois do surpreendente nulo com o Rangers, e da goleada imposta pelo Valência na Turquia, o nulo era um resultado mais favorável para os espanhóis e, por isso, as mexidas mais enérgicas vieram do banco do United. Ferguson lançou os jovens Hernandez e Macheda, e foram precisamente os dois suplentes a construir a jogada do golo solitário, que reforçou a cotação de Chicharito Hernandez como um dos avançados do momento.

No outro jogo, o Rangers aproveitou a vantagem de jogar em casa e venceu o Bursaspor pela margem mínima, graças a um golo de Naismith repartindo a liderança do grupo com o Manchester United. Um desempenho que supera as melhores expectativas dos adeptos escoceses, mas que terá de ser confirmado agora com o duplo embate com o Valência. Um teste sério à consistência defensiva revelada até ao momento.

No Mestalla, as equipas alinharam:

VALÊNCIA: César; Miguel, David Navarro, Maduro e Mathieu; Pablo Hernandez, Albelda (Topal, 85), Tino Costa (Manuel Fernandes, 75) e Mata; Dominguez (Aduriz, 60) e Soldado.

MAN. UNITED: Van der Sar; Rafael (O Shea, 89), Ferdinand, Vidic e Evra; Carrick, Fletcher e Anderson (Hernandez, 77); Park Ji-Sung, Berbatov (Macheda, 84) e Nani.

Marcador: Hernandez, 85 m.