O Brasil anda azarado. Depois dos tiros numa universidade de Los Angeles, que afetaram a preparação para a Copa América, desta vez foi São Pedro a estragar os planos aos canarinhos.

As chuvas fortes decorrentes da tempestade Colin, que se fazem sentir em Orlando, impediram o «escrete» de fazer o habitual treino de adaptação ao relvado artificial do estádio, algo que Dunga não vê com bons olhos.

«Temos informações de que é relvado artificial, mas foi colocado um rolo de relva natural por cima. Fazer um treino seria importante do ponto de vista técnico. Têm acontecido coisas que talvez não sejam normais, mas temos de estar preparados para superá-las. Independentemente das dificuldades, temos que encontrar soluções. Esperamos não ter mais surpresas», começou por referir o técnico, esta terça-feira.

Na conferência que serviu de antevisão ao encontro com o Haiti, Dunga disse não admitir outro resultado que não a vitória.

«Temos de respeitar o adversário e procurar a vitória. O que vai acontecer durante a partida são outras coisas. Não mudou nada, o Brasil tem que jogar sempre para vencer», sublinhou Dunga, reconhecendo contudo que a tarefa é mais difícil depois de uma época inteira nas pernas.

«Não dá para treinar muito, dá para treinar com qualidade. Tivemos cuidados por ser em final de temporada mas o corpo humano tem um tempo de recuperação. O desgaste paga-se no final da época. Perdemos tempo com os cortes porque tivemos de colocar as ideias novamente na cabeça dos jogadores que vieram, mas temos a certeza de que a equipa vai crescer no decorrer da competição.»

Apesar de ser rotulada como favorita à conquista da Copa América, os canarinhos iniciaram o percurso com um empate e parecem longe de convencer os adeptos.

Dunga considera que a equipa vai crescer com o decorrer da prova mas considera que as restantes equipas partem em vantagem.

«As restantes equipas têm trabalho feito desde antes do Mundial, com oito ou dez anos, têm estrutura, jogadores experientes. Nós iniciámos um trabalho há dois anos e é normal dar oportunidades aos que estiveram no Mundial, a novos jogadores que se destacaram, até formar um grupo com uma estrutura de base. Dentro disso os outros levam vantagem, mas temos a qualidade do nosso jogador e do nosso trabalho para igualar essa situação», frisou.