A reformulação dos quadros competitivos será efectuada apenas no «momento adequado» e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) defende uma alteração que abranja também as competições não profissionais, assumiu esta quarta-feira o director-executivo Cunha Leal.
A alteração, que prevê a redução de 18 para 16 clubes na Superliga e Liga de Honra, na época 2005/06, poderá não ser uma realidade a curto prazo, já que existem ainda muitos pormenores a estudar: «O que se tem de assumir é quais os momentos adequados para dar os passos que estão definidos. Estão em cima da mesa a análise e o estudo de uma reorganização mais abrangente, que não só do futebol profissional. Se avançará ou não também não sei, mas penso que é importante esse passo ser dado».
Cunha Leal, ciente de que a reformulação, aprovada por unanimidade e aclamação a 1 de Agosto de 2003, em Assembleia Geral da LPFP, poderá ser uma realidade ainda distante, defende nova discussão e deixa, de algum modo, a decisão para as entidades competentes. «Existe esse compromisso e vai ser cumprido. Mas temos de nos reunir com o secretário de Estado da tutela e havemos de reunir também com os clubes para perceber qual o quadro e o momento certo de implantação do processo. Temos de analisar também se se tratará só do futebol profissional», reconheceu.
De acordo com a decisão tomada na AG de 1 de Agosto de 2003, desceriam, já na época corrente, quatro clubes da Superliga para a Liga de Honra e apenas subiriam dois desta para a principal competição. Mas a reunião ordinária da LPFP, realizada esta quarta-feira no Porto, pode ter alterado a situação, entendendo as palavras do director executivo.
«Têm de ser tomadas as medidas que melhor sirvam o futebol e nos momentos adequados. Toda a gente sabe que a Liga tomou uma posição, mas vamos dar os passos para melhorar o futebol, com as cautelas e inteligência necessárias, por forma a que não haja precipitações... É uma atitude séria e responsável», disse Cunha Leal.