«O Ezequias ainda não é jogador do Beira Mar.» A frase pertence a José Cachide, vice-presidente para o futebol dos aveirenses, que justificou o impasse na transferência com a falta de acordo financeiro entre os clubes, apesar de o FC Porto ter assumido ontem oficialmente o empréstimo.
«Falta o acerto de verbas entre o Beira Mar e o FC Porto. Se a diferença é significativa? Nestas coisas, para nós, o valor é sempre elevado enquanto que para um grande parece pouco. Vamos tentar chegar a um acordo para ver se conseguimos desbloquear a situação», revelou o dirigente, que acredita, ainda assim, num desfecho feliz: «Podemos chegar a um entendimento a qualquer momento. Mas não posso garantir que será ainda hoje. Se não se concretizar, este assunto, como outros, ficará adiado até dia 2.»
Já hoje, o Beira Mar teve de adiar para a próxima semana a apresentação dos dois reforços assegurados até ao momento (Eduardo e Matteus, emprestados pelo Sp. Braga), devido às ausências do presidente e de vários elementos da Direcção. «Eu estou fora. E o presidente, assim como o presidente adjunto, vinham do estrangeiro e apanharam muito trânsito no regresso», desvendou José Cachide. O adiamento da cerimónia poderá, todavia, permitir que em vez de dois novos jogadores, sejam apresentados mais alguns (as baterias estão apontadas a um lateral-direito, um médio-ofensivo e um avançado), entre eles o próprio Ezequias. Ou não¿
No campo das saídas, também não se registaram avanços. Kamora, Catchana e Nuno Carvalheiro continuam sem saber a que clubes serão emprestados e, quanto a Jardel, a bola parece estar do seu lado. «Eu tenho uma proposta em carteira para ele, mas ele diz que tem outras melhores. Assim sendo, fará o que entender.» Certo é que o Beira Mar pretende ser ressarcido da eventual perda do seu goleador: «Apesar de haver uma cláusula no contrato, poderá não ser exercida por forma a que todas as partes saiam beneficiadas.»