O que se passou no Sérvia-Albânia foi muito grave.

Os incidentes no estádio do Partizan, esta terça-feira, levantam dois desafios à UEFA.

No plano imediato, a UEFA terá de decidir qual a justa punição. Para os sérvios, sem dúvida, que deram mais uma prova de que jogar naquele país é tudo menos seguro. Mas também para os albaneses, a provar-se que o drone foi ativado por alguém da comitiva.

Qual será a justa medida? Impedir que os restantes jogos da fase de apuramento sejam disputados na Sérvia? Impor jogos à porta fechada? E o Albânia-Sérvia, conseguirá a UEFA garantir a segurança de jogadores, treinadores, árbitros e adeptos? E, já agora, o que fazer com o tempo que ficu por jogar?

Este é o desafio a curto prazo.

Mas o que se passou foi demasiado grave para não originar uma reflexão sobre o que fazer em futuros sorteios. Será que as seleções (e equipas...) de determinados países podem competir no mesmo grupo? Ou, pelo contrário, devem à partida ser impedidos de competir juntos nas fases de apuramento, como sucedeu recentemente no conflito Ucrânia-Rússia? Aliás, no sorteio da fase de apuramento a UEFA já tinha decidido evitar jogos entre Espanha e Gibraltar, Rússia e Geórgia e Arménia e Azerbaijão.

A UEFA é só a entidade mais próxima do que se passou no relvado. Mas todos sabemos que esta noite, em Belgrado, não era de futebol que se tratava. Ali as feridas continuam abertas e mais uma vez ficaram à vista de todos, sobretudo da União Europeia. 

O que está por resolver naquela zona da Europa é de tal dimensão que assusta. O futebol é só uma forma eficaz de não esquecermos.

NOTA: um pouco de bola. O alargamento do número de equipas apuradas para o próximo Euro parece ter tido um duplo efeito. Algumas seleções mais fortes descontraíram-se. E entre as mais pequenas passou a haver quem acredite que será desta. Resultado: grande confusão. Veja as classificações e divirta-se.