Royston Drenthe não arranja clube. O melhor jogador do Campeonato da Europa de sub-21, em 2007, custou 14 milhões ao Real Madrid há cinco temporadas e agora nem livre consegue assinar um novo contrato.
Os turcos do Besiktas e os gregos do PAOK terão manifestado interesse do internacional holandês, mas não houve fumo branco. O lateral (que pode jogar a médio também) terá tentado regressar a Roterdão, ao seu Feyenoord, mas o clube não lhe abriu as portas. Os casos de indisciplina ao longo destes anos deverão estar na origem das dificuldades.
Drenthe chegou na era de Schuster em Madrid. Com o tempo, foi perdendo espaço para Marcelo, também contratado nesse ano de 2007. Seguiram-se Juande Ramos, Pellegrini e Mourinho e o panorama não melhorou. O treinador português dispensou-o e foi emprestado ao Hércules e, no ano seguinte, ao Everton.
As polémicas começaram em Madrid, com um pedido de dispensa de jogos, depois de ter sido vaiado pelos adeptos em partida com o Deportivo. Em Alicante, saiu da equipa depois de ter sido apanhado pela polícia a 160 quilómetros/hora e depois de ter passado seis (!) sinais vermelhos. E no Natal achou que merecia uma semana a mais de férias. Em Liverpool, mais uma vez integrou tarde de mais o regresso aos trabalhos. No final da última época, expirou o contrato com o Real.
Em todos os clubes por onde passou, Drenthe - que foi várias vezes conotado com o Benfica - começou bem, mas foi inimigo de si próprio. Agora, vive tempos difíceis à espera de uma oportunidade.