DESTINOS é uma rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias de décadas passadas e marcantes no nosso futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINOS.

Passaram mais de duas décadas mas Tomislav Ivkovic continua a falar português, fluente e desempoeirado como sempre, a puxar memórias e gargalhadas numa viagem pela sua carreira que começa em Zagreb e passa pelos 16 anos vividos no seu «segundo país».

Ivkovic é o guarda-redes que ganhou uma aposta a Maradona e defendeu dois penáltis batidos por Diego. Agora que o Nápoles voltou a ser campeão, 33 anos depois de El Pibe, esta é uma boa altura para recordar aquela visita do Sporting ao San Paolo. Para ouvi-lo contar como os «leões» lidaram com o ambiente infernal no estádio.

E para lembrar, sim, a história com Maradona e os 100 dólares que Ivkovic guardou até hoje. Ele diz que já a contou 1500 vezes e está farto. Mas conta outra vez. Passa a 1501. Vale a pena de cada uma das vezes ouvi-lo saltar de Nápoles para Florença, no verão seguinte, a contar como voltou a «entrar» na cabeça de Diego naquela decisão dos quartos de final do Mundial italiano.

O final desses dois desempates por penáltis não é feliz: o Sporting perdeu com o Nápoles naquela primeira mão da Taça UEFA em 1989/90 e a Jugoslávia acabou eliminada pela Argentina. Ivkovic admite que trocava os dois penáltis defendidos por outro desfecho. Sobretudo no Mundial 90, onde uma grande seleção jugoslava ficou amargamente pelo caminho.

Ivkovic recorda como chegou a Alvalade e diz que abdicou de dez por cento da transferência para convencer o clube anterior. Fala sobre as grandes equipas que o Sporting teve naquele tempo e sobre o motivo para não terem conseguido guardar troféus e lamenta a forma como deixou o clube. Porque, diz, não gostavam daquele estilo dele, de dizer o que pensava.

Depois do Sporting continuou em Portugal. No Estoril, no V. Setúbal, no Belenenses e por fim no Estrela da Amadora, com uma passagem pelo Salamanca, ao lado de João Alves. Agora com 62 anos, está de volta a casa, depois de várias experiências como treinador. E vai participar num concurso na televisão. Ele explica.

Começou a jogar futebol em Zagreb, não foi? E começou logo como guarda-redes?

Sim, eu nasci em Zagreb. Jogava sempre como avançado quando jogava com os amigos no campo da escola, mas quando fui fazer testes ao Dínamo Zagreb fui como guarda-redes. Porque eu queria ser diferente e não gostava muito de correr. Ahahaha…

Percebeu que tinha jeito?

Sim, percebi que tinha jeito. Passei os treinos de captação, fiquei lá e fiquei até hoje no futebol.

Foi ainda no Dínamo Zagreb que chegou a sénior?

Sim, estreei-me no Dínamo Zagreb com 17 anos. Fui um dos mais novos na altura. O meu primeiro clube foi o Dínamo Zagreb, o meu clube de infância. Em miúdos sonhávamos que um dia íamos jogar no Dínamo Zagreb e o meu sonho tornou-se verdade. Depois fui para o Estrela Vermelha, depois Áustria, um pouco Bélgica, depois Portugal, um curto período em Espanha e depois voltei a Portugal, o meu segundo país.

E chegou cedo à seleção da Jugoslávia, desde logo nos Jogos Olímpicos.

Ganhei o quarto lugar em 1980 nos Jogos Olímpicos e medalha de bronze em Los Angeles em 1984. E depois fui com a seleção ao Campeonato da Europa em França e ao Campeonato do Mundo em Itália. Depois começou a guerra, dividimo-nos e eu como na altura tinha uma idade um pouco mais avançada não cheguei a jogar na seleção da Croácia.

Nunca jogou pela Croácia?

Não. Joguei como miúdo nos juniores porque na altura na ex-Jugoslávia havia um torneio de repúblicas e nós ganhámos pela Croácia. Mas na seleção AA não cheguei a jogar.

Quando começou a guerra o Ivkovic já não estava na Jugoslávia, pois não?

Não, já estava em Portugal.

Então e como foi a vinda para Portugal? Estava no Genk nessa altura, mas estava emprestado, não era?

Sim. O Tirol, que era o meu clube, pedia muito dinheiro, não chegou a acordo com os outros clubes que estavam interessados e fui para a Bélgica por empréstimo. Depois desse empréstimo assinei contrato com o Sporting. O Sporting pagou muito dinheiro, pagou um milhão de marcos. Na altura eram 83 milhões de escudos, acho, o marco era 83 escudos. Já não sei bem. Havia um empresário que dizia que o Sporting não precisava de pagar tanto. O meu presidente era o homem mais rico da Áustria, era o dono dos cristais Swarovski. A família dele ainda é. Já na altura tinha 50 lojas na América. Ele tinha dez Ferraris na garagem e dizia que eu era mais um Ferrari para ele e que não ia deixar-me sair sem o outro clube pagar. Eu tinha 10 por cento daquele valor.

Tinha 10 por cento do seu passe?

Sim. Eu já tinha começado a treinar com o Sporting, já tínhamos ido a um torneio na Holanda, e gostei muito de lá estar. Foi muito difícil a negociação com o clube na Áustria. O presidente não queria falar comigo. Eu dizia ao Sousa Cintra: ‘Deixe-me falar com ele.’ Ele disse que sim, mas ele não queria. Porque sabia que eu ia falar com ele para baixar o preço. Depois eu desisti daqueles 10 por cento, os meus. E foi assim. O Sousa Cintra perguntou: ‘Mas como é que tu baixaste o preço?’ E eu disse: ‘Baixei o preço porque eu desisti dos meus 100 mil marcos.’ E o Sousa Cintra: ‘Hey, grande Ivkovic!’ Aquela conversa dele… E pronto, foi assim que cheguei ao Sporting. Foi o segundo clube mais importante da minha vida. Adorei estar no Sporting.

Foi o segundo clube mais importante?

Foi, depois do Dínamo Zagreb, que era o clube do coração. Quando éramos miúdos todos sonhávamos jogar lá. Era o sonho de todos nós meninos de Zagreb. Mas o Sporting foi uma coisa muito boa ma minha vida.

O que é que sabia sobre o Sporting antes de vir? Já tinha defrontado o Sporting, não tinha?

Sim, eu joguei duas vezes contra o Sporting, uma com o Dínamo Zagreb e outra com o Swarovski Tirol. Também joguei uma vez pela seleção da Jugoslávia contra Portugal no Estádio Nacional. Conhecia mais ou menos a situação em Portugal. Gostei do povo, da maneira de estar do povo português. E vi que havia muito público nos estádios, que gostavam muito de futebol. Era a terra do Eusébio – a segunda terra do Eusébio, ele era de Moçambique mas passou toda a vida em Portugal. E pronto.

E ficou quatro épocas no Sporting…

Correu muito bem. Tinha muito boa ligação com a Juventude Leonina. Penso que podia ter ficado mais anos lá no Sporting como jogador, mas aconteceram algumas coisas, umas pressões para não me deixar ficar mais. Porque eu tinha um caráter muito forte e gostava de defender os jogadores e gostava da verdade. Ficava sempre chateado quando pessoas que não percebem nada de futebol gostam de falar de futebol e andam a decidir as coisas que não têm nada a ver com decisão futebolística. Optaram pela opinião de quem dizia: ‘Ele é difícil, não é fácil lidar com ele, defende sempre o grupo, os jogadores.’ Ia defender o quê?

Foi assim o processo da sua saída?

Exatamente, ao fim de quatro anos. Tinha contrato por mais um ano e aquele pessoal que não percebia muito de futebol conseguiu convencer o Sousa Cintra para me deixar fora dos planos do Sporting.

Foi logo na sua primeira época que defrontaram o Nápoles do Maradona, não foi?

Foi, foi.

Quantas vezes já lhe pediram para contar aquela história da aposta com o Maradona e dos penáltis?

Já contei umas 1500 vezes… Ainda na semana passada falei nessa história, porque temos um projeto numa das televisões privadas da Croácia, vamos fazer um programa que se chama Jogo da Vida. Podem entrar jogadores até 25 anos que pensam que podem vencer na vida. Estavam 700 jogadores na lista, esta semana vamos baixar para cento e tal, depois no domingo temos testes em que vamos escolher 30. Começam estágio no dia 20 e o que for escolhido como melhor jogador desse grupo vai ganhar um contrato com o Dínamo Zagreb com a duração de um ano. E vai receber um salário muito melhor do que ganhava até agora.

E o Ivkovic o que é que faz nesse programa?

Sou o treinador. Já passaram sete ou oito meses que não estou a fazer nada, as últimas equipas que treinei foi na Bósnia, e agora como estou sem trabalhar recebi este convite e aceitei. Também estou à espera que surja alguma coisa depois disso.

Estava a contar que ainda agora falou da história do Maradona, foi nesse programa?

Foi. Mas estou farto de falar do Maradona … Porque ele ganhou duas vezes e eu perdi. E eu trocava tudo por ter ganho… Trocava principalmente aquele jogo nos quartos de final do Mundial de Itália. Porque passávamos à meia-final e a nossa seleção era muito forte.

Como é que o Maradona reagiu quando o Ivkovic lhe propôs a aposta naquele jogo com o Sporting?

Ficou surpreendido, porque era o penálti decisivo. Quando eu cheguei e lhe perguntei: ‘Quer apostar que não vai marcar?’, ele ficou a olhar para mim, não é? Quem era eu para dizer uma coisa dessas? O árbitro, francês, estava-se a rir a ver a situação. Depois eu disse: ‘Então, vamos, 100 dólares?’ E ele disse: ‘OK, pode ser. Aceito.’ Depois defendi o penálti. Tive muita pena porque falhámos o último e perdemos a eliminatória. Depois fui com ele à cabina, deu-me 100 dólares e uma camisola dele.

Guardou os 100 dólares, não foi?

Guardei. Ainda os tenho lá no meu livro de recordações.

O Nápoles voltou a ser campeão agora. Vocês jogaram lá naquela altura. Como era o ambiente em casa daquele Nápoles do Maradona?

O ambiente era um espetáculo. Era uma loucura. Lembro-me que quando chegámos ao estádio o preparador físico, que era o Terzinski, búlgaro, levou-nos para o aquecimento, quatro ou cinco minutos antes, porque queria que o público assobiasse. Eles assobiaram, gritaram, fizeram tudo e mais alguma coisa, e nós a passear lá pelo campo. Para sentir aquilo. Não sei se resultou ou não, mas depois jogámos bem, fizemos um jogo mais ou menos equilibrado. Empatámos e acabámos por perder nos penáltis, mas foi um jogo memorável.

E como foi a receção ao Maradona em Alvalade, no primeiro jogo?

Isto foi antes do Campeonato do Mundo. Foi em setembro. No primeiro jogo ele tinha chegado de férias, não fez a pré-temporada. Lembro-me que no jogo em Alvalade estava o estádio cheio e o Maradona começou no banco. Tinha barba naquela altura. Quando ele entrou no jogo o estádio ficou mudo. De medo. (Risos) Mas foi um jogo bom, tivemos algumas oportunidades, não marcámos e infelizmente acabámos por perder. O Nápoles tinha uma boa equipa. Nós também tínhamos boa equipa. O Luisinho, o Douglas, o Oceano, o Xavier, o Venâncio, era uma equipa muito boa.

O Sporting teve boas equipas naquelas épocas, não foi? Porque é que acha que não conseguiu ganhar mais?

O Sporting tinha o Sousa Cintra, que era grande sportinguista, mas o pessoal dele não sabia como lidar com um clube como o Sporting, como fazia o FC Porto, como fazia o Benfica na altura. Esses tinham pessoas na direção que já tinham experiência e qualidade para trabalhar num clube grande. Sporting, FC Porto, Benfica, são grandes clubes e não é fácil lidar. O FC Porto tinha tudo naquela altura. O FC Porto era melhor e fora do campo na altura era número 1. Como diziam na altura, o FC Porto mandava em tudo. Mas para dizer a verdade tinham também muito boas equipas.

Quais foram os melhores jogadores que defrontou em Portugal, os adversários mais difíceis que teve? Ainda defrontou também o António Oliveira quando estava no Dínamo Zagreb…

O Oliveira era grande jogador. E o Carlos Manuel, o Diamantino, o Chalana, o Jordão, o Manuel Fernandes. Depois o FC Porto tinha o Kostadinov, o Madjer, Semedo, André, João Pinto, Branco e companhia. Eram grandes equipas. Naquela altura em Portugal o Sporting, o Benfica e o FC Porto tinham tantos craques… O Benfica tinha Mozer, Aldair… Nossa Senhora. O Magnusson… Tinham jogadores para dar muitas dores de cabeça. Eram todos jogadores de seleção. Estamos a falar da seleção do Brasil, da Suécia, de grandes seleções. Depois chegou o Balakov para o Sporting…

Ao fim da primeira época no Sporting esteve no Mundial 90. A Jugoslávia tinha uma grande seleção, não tinha?

Tínhamos grande seleção e esperávamos muito daquele campeonato. Tínhamos o Savicevic, o Stojkovic, o Susic… Grandes jogadores que jogavam muito, eram craques. Mas na altura também tínhamos muitos problemas. Começaram aqueles problemas antes da guerra. Isto foi alguns meses antes da guerra.

Muita tensão?

Sim, uma tensão muito grande, pressão dos jornalistas… Tínhamos um grande selecionador, o (Ivica) Osim, que era um grande treinador, para mim o número 1. Conseguimos dar a volta a isso, mas infelizmente perdemos o jogo com a Argentina, onde o árbitro, um suíço que nunca vou esquecer na minha vida, expulsou um jogador nosso. Deu-lhe dois amarelos em 30 minutos. Ficámos com 10 jogadores durante 90 minutos, porque houve prolongamento. Tivemos duas oportunidades grandes. Nunca me esqueço, quatro minutos antes do fim o Savicevic a cinco metros da baliza chutou para cima. Infelizmente foi a lotaria dos penáltis e pronto, perdemos. Mas tínhamos seleção para chegar à final e para disputar com qualquer seleção.

Só perderam o primeiro jogo, com a Alemanha, que ganhou na final à Argentina e foi campeã do mundo…

Foi um jogo que não correu bem. Nem a mim correu nada bem, sofri quatro golos, sou culpado num. Se calhar entrámos com muita confiança. Esse jogo mexeu connosco, da confiança passou para um cheirinho de medo, mas conseguimos ultrapassar e ganhar os outros jogos. Ganhámos aos Emirados e ganhámos à Colômbia que tinha o Valderrama, Higuita e tal. Foi um jogo muito difícil, mas ganhámos 1-0 com um grande golo do Jozic, que jogou em Itália. Depois ganhámos à Espanha e infelizmente perdemos com a Argentina.

Outra vez nos penáltis depois de o Ivkovic defender outro penálti do Maradona. Dessa vez voltou a falar com ele antes do penálti?

Pronto, vou contar outra vez essa história. Um dia antes do jogo, fui à sala de imprensa no nosso hotel a pedido de um jornalista alemão que queria falar comigo. Falámos sobre a Argentina e para acabar a conversa ele perguntou: ‘Então o que é que acontece se o jogo chegar aos penáltis e o Maradona bater outra vez?’ E eu disse: ‘Olha, vou defender outra vez.’ E o homem disse: ‘Tu estás maluco ou estás a fazer-te de maluco?’ Eu disse: ‘Nem uma nem outra coisa.’ Ele perguntou: ‘Então quer fazer uma aposta?’ E eu disse: ‘Eu não vou dizer ao Maradona para fazer uma aposta. Se ele quiser, eu aceito.’ Entretanto esse jornalista foi ao centro de estágio da Argentina e falou com o Maradona. E o Maradona disse que não queria fazer nenhuma aposta, que queria concentrar-se para o jogo. Chegou o famoso jogo, acabou 0-0 e fomos outra vez a penáltis. O Maradona foi do centro até à área para buscar a bola e eu chamei-o: ‘Diego, Diego!’ E ele não queria levantar a cabeça.

Não levantou a cabeça?

Não, em nenhum momento. Eu disse: ‘Já sabes que eu sei para onde vais rematar, não é?’ Ele pegou na bola, não levantou a cabeça, meteu a bola na marca de penálti, eu fiz o movimento do corpo para o lado onde ele chutou quando jogámos contra o Nápoles e mandei-me para o lado direito. E ele quase que me devolveu a bola. Foi assim que defendi esse tal outro penálti. Mas infelizmente perdemos mais uma vez.

Foi o momento mais difícil da sua carreira, essa eliminação no Mundial?

Foi, com certeza. Porque pensámos em grande e acabou da forma que a gente não queria. Ainda hoje pensamos de vez em quando sobre isso, porque tínhamos grandes jogadores e uma grande equipa. E um grande treinador.

Era uma grande oportunidade, não era?

Era. Mas a vida é feita destas coisas.

Depois continuou no Sporting mais três épocas, no último ano com o Bobby Robson. Dos treinadores que teve no Sporting qual foi o que mais o marcou?

Marcou-me o Manuel José, porque foi ele que me quis para o Sporting e que me foi buscar. Agradeço isso para sempre, porque deu-me oportunidade de conhecer Portugal, Lisboa e o futebol português, que era maravilhoso. Ele é número 1, mas todos os treinadores que apanhei no Sporting tinham qualidades. O Bobby Robson era uma pessoa completamente diferente, os treinos eram diferentes, era um homem que acreditava muito no grupo.

Já tinha o Mourinho ao lado dele…

O Mourinho era tradutor.

Era só isso, na altura?

Sim.

Foi com o Bobby Robson que o Ivkovic depois acabou por sair.

Exatamente. E o Bobby Robson também saiu alguns meses depois de mim. Saí, outros que vieram não foram melhores do que eu, mas foi opção do clube e tenho de respeitar.

Depois decidiu ficar em Portugal, só teve uma passagem curta pelo Salamanca com o João Alves. Porque é que quis ficar por Portugal?

Tinha casado nessa altura e decidi ficar.

Sente-se um bocado português?

Claro, é a segunda pátria para mim. São dezasseis anos passados em Portugal que foram maravilhosos, nunca me esqueço disso.

Ficou com muitos amigos daquele tempo?

Fiquei. O meu melhor amigo na altura era o Carlos Xavier. Ele ajudou-me bastante nos primeiros tempos quando cheguei a Portugal, ele e a mulher dele. Ficámos muitas vezes juntos, o irmão dele também, o Pedro, e outros amigos que depois também conheci. Mas era um bom grupo. O Oceano, o Venâncio, os mais novos, o Filipe, o Peixe, o Figo. Quando começaram a jogar demos-lhes apoio.

E não havia também umas praxes aos mais novos?

Não, eles eram espertos, respeitavam a gente. Era um ambiente ótimo. Nós já éramos mais velhos e sabíamos como lidar com os jogadores mais novos.

Tem voltado a Portugal?

A última vez foi em 2014. Mas espero ir em breve.

Do que é que tem mais saudades?

Tenho saudades do pessoal. A comida é muito parecida, mas o peixe é o melhor do mundo.