Rui Borges
Dois golos, o segundo já em tempo de descontos, a transformar uma derrota que chegou a parecer certa numa preciosa vitória. Apesar da baixa estatura, o irrequieto avançado movimentou-se muito bem entre os centrais da Académica, explorando muito bem os espaços vazios para, com a sua agilidade e velocidade, marcar dois golos que valem ouro para o Estrela.
Filipe Teixeira
Um golo para recordar. Ganhou uma bola na zona central a André Barreto, encarou os centrais do Estrela de frente, ultrapassa-os com um drible que deixou os adversários abraçados nas suas costas e, depois, esperou pela saída de Bruno Vale para, com uma tranquilidade desconcertante, bater o guarda-redes com um pontapé subtil. Tudo isto em «câmara lenta», passando a bola de pé para pé, de cabeça bem levantada e numa passada firme e decisiva. Um golo a coroar uma boa exibição do médio que soube explorar da melhor forma o evidente desequilíbrio que o adversário revelou na primeira meia-hora da partida. Na segunda parte perdeu protagonismo, recuando para ajudar a defesa da preciosa vantagem.
Pedro Silva
Grande exibição do lateral esquerdo brasileiro emprestado pelo Palmeiras, que conseguiu anular quase todas as investidas de Semedo, o mais dinâmicos dos avançados do Estrela, para depois explorar o enorme corredor vazio nas costas do seu adversário directo. Subiu muito bem no apoio ao ataque e esteve na origem do primeiro golo dos estudantes, interceptando um alívio de Maurício à entrada da área, para cruzar tenso para o segundo poste, para Joeano abrir o marcador.
Zé Castro
Foi dono e senhor das bolas altas, onde nunca teve dificuldades, dada a baixa estatura dos avançados do Estrela, mas destacou-se, sobretudo, pelo bom jogo com os pés. Sempre que ganhou a bola soube dar-lhe o maior destino, quase sempre com passes em profundidade, bem medidos, a lançar a sua equipa para rápidos contra-ataques.
NDoye
Decisivo na anulação da dinâmica que o Estrela procurou imprimir no seu ataque, fazendo valer a sua forte constituição física para ganhar bolas no um-para-um. Esteve sempre disponível para colaborar com o sector mais recuado, constituindo-se muitas vezes como terceiro central, mas destacou-se mais no lado esquerdo do meio-campo da Académica num intenso duelo com Tony.
Maurício
Fica inevitavelmente ligado à desorientação da sua equipa na primeira meia-hora, com destaque para o segundo golo dos estudantes, depois de ter deixado escapar Filipe Teixeira, mas foi também o central que liderou a boa reacção da equipa da Amadora na segunda parte. Transportou muitas vezes a bola até à área adversária, abrindo caminho pela zona central, em sucessivos dribles, como aconteceu no lance do 1-2 e surgiu muitas vezes na zona de finalização. Esteve muito perto de marcar o golo do empate com uma excelente cabeçada que levou a bola a passar muito perto da baliza de Dani.