No Erciyesspor Edinho tem como colega um dos mais exóticos jogadores do futebol: o holandês Drenthe. Mas o português só tem elogios para o companheiro, que aliás já conhecia. Pelo caminho falou-se da vida na Kayseri e da grande corrente de emigração de futebolistas para a Turquia.
 
Um dos seus colegas de equipa é Drenthe: ele é mesmo uma figura?
Já o conhecia de quando jogou no Hércules e no Real Madrid, e para mim foi benéfico: para além de já falar com eles antes, acabou por nos aproximar mais como equipa, porque é um extremo muito rápido, com boa técnica e que me fornece muitas bolas.
 
E como é que ele é enquanto colega?
É muito engraçado. Brincalhão, está sempre na palhaçada e é boa gente. Estava no clube há dois dias e parecia que estava há um ano.
 
Integrou-se bem, portanto...
Integrou-se muito bem numa equipa que recebe sempre bem e que ajuda quem chega.
 
Mas a ideia que há dele é que tem um pouco traços de estrela...
Não, nada. É claro que às vezes corrige os colegas, mas não tem traços de vedetismo. Pelo contrário. Sempre muito extrovertido, sempre brincalhão e comunicativo.
 
Já agora como é viver em Kayseri?
Kayseri é uma cidade um bocado parada. Apesar de ter quatro milhõs de habitantes, é uma cidade parada. São muito religiosos, muito muçulmanos. É talvez a cidade mais conservadora da Turquia. Mas vive-se bem, tem shoppings, tem sítios para visitar como a Capadócia, e eu gosto de viver cá.
 
O que é que a Turquia tem para tantos portugueses jogarem aí?
Acima de tudo tem parecenças com Portugal. Na comida, na forma de algumas pessoas pensarem, na forma como eles recebem quem chega de fora. Por exemplo na Grécia estava bem, mas não tão bem. Tenho falado com colegas e digo-lhe que se puderem emigrar para a Turquia, para não hesitarem.
 
O aspeto financeiro também conta, ou não?
Também conta, claro. Há muito dinheiro na Turquia.