1. Atitude. Seja para a Liga Intercalar, em jogos da Liga Bwin ou na Liga dos Campeões, Lisandro só sabe dar o máximo. O argentino é selvagem, nas veias corre-lhe o sangue quente das pampas e o rectângulo de jogo parece por vezes pequeno para os seus largos horizontes. O avançado é uma fonte inesgotável de prazer pelo jogo, jorra energia por todos os poros e está fadado a brilhar com a camisola do F.C. Porto. É um obstinado pela vitória e o seu exemplo pessoal é o melhor reflexo desta observação. Não era qualquer um que aguentaria o que ele aguentou no seu primeiro ano em Portugal.
2. Viciado pelo golo. Nas duas primeiras temporadas com o F.C. Porto, Lisandro obteve 15 golos. Isto em jogos a contar apenas para o campeonato nacional. Números que destoavam, pela negativa, com os 38 apontados ao serviço do Racing Avellaneda em 2004 e 2005. Mas à terceira temporada de azul e branco, Lisandro encontrou em definitivo o caminho das balizas. 15 jogos, 13 golos na Liga Bwin. O seu repentismo, a codícia que possui e a facilidade de remate com qualquer um dos pés permitiu-lhe marcar dos mais diferentes ângulos e posições. E promete não ficar por aqui.
3. Movimentação. Apesar de ter passado quase toda a primeira fase da época a actuar como ponta-de-lança, Lisandro é muito mais do que isso. Acima de tudo, o argentino sabe como movimentar-se e fá-lo de uma forma muito inteligente. Não se dá à marcação, procura sempre movimentos de rotura e diagonais cirúrgicas. Em Alvalade, o mais provável é que actue no apoio a Farías ou Adriano, numa zona algures entre Polga e Ronny. E poderá aproveitar esse facto. O central brasileiro começou a temporada numa excelente forma, sem dúvida, mas teve uma quebra assinalável nas últimas semanas. A dinâmica de Lisandro poderá ser decisiva e espalhar o terror na defesa leonina.