2. Duelo directo. Da mesma forma, a disposição em campo a que o argentino será obrigado no actual F.C. Porto favorece as qualidades do brasileiro. Quando havia Tarik e Lisandro jogava em cunha no trio mais ofensivo, o avançado tinha uma mobilidade que ia de flanco a flanco, o que dificultava mais uma marcação directa. Com outro avançado em campo (Adriano ou Farías), Lisandro é obrigado a ir da direita para o centro (quase como segundo ponta-de-lança) caindo mais facilmente nas malhas de quem o irá marcar. De frente para o argentino, sabendo o que o espera e de onde vem, Polga tem recursos suficientes de colocação e antecipação para tapar todos os caminhos pelo seu lado e anular os lances antes do último remate.
3. Últimos recursos. Polga é um jogador que, além de poder ganhar vantagem logo à partida, pela grande eficiência a defender completada com as contingências do argentino (acima referidas), dispõe de recursos que lhe têm aumentado a confiança e a personalidade imposta em campo já detida por ser um dos melhores defesas do campeonato. O brasileiro raramente perde um duelo individual e é dos mais eficientes da prova, mas, mesmo quando parece ultrapassado, não é certo que isso aconteça de facto. Polga consegue aliar à colocação em campo os reflexos necessários para evitar in extremis o que já parece consumado. E essa é uma das maiores dificuldades que Lisandro vai sofrer, pois, mesmo que possa ultrapassar numa primeira instância o brasileiro, não quer dizer que o argentino o consiga de facto. Polga é um osso duro de ultrapassar. Fugir aos seus marcadores é uma das maiores armas do argentino num primeiro instante, mas o brasileiro como que consegue ter fôlego e arte para se dobrar a si próprio para que os lances prossigam para um segundo momento que costuma ser seu.
RELACIONADOS
Embirração: Lisandro leva a melhor sobre Polga