A crise financeira em Espanha chegou agora ao futebol, com o Governo a pedir aos clubes um corte na percentagem que recebem das apostas na «Quiniela» (Totobola em Espanha) que, atualmente, está fixada nos dez por cento.
A iniciativa partiu do presidente do Conselho Superior dos Desportos, Miguel Cardenal, mas, depois de um primeiro contato, as duas partes decidiram adiar decisões para futuras reuniões. A Liga espanhola, que prevê uma receita de 35 milhões de euros neste capítulo, considera que, como organizadora da competição, tem direito a um retorno adequado pelas apostas.
Um terço dessas verbas está destinado a pagar um empréstimo que a liga contraiu para sanear as dividas dos clubes, em vigor desde 1990. Outro terço destina-se a financiar as medidas de segurança nos estádios. O último terço é dividido pelos clubes ou utilizado na gestão da competição.
Um acordo formalizado em 2010, entre a Liga e o Sindicato de Jogadores, prevê ainda que caso sobrem verbas destinadas à segurança, estas passem a servir para pagar as dívidas dos clubes aos jogadores.