Portugal sobreviveu ao segundo encontro do Mundial num jogo com os Estados Unidos ( 2-2) marcado pelo equilíbrio, mas em que no final as estatísticas dão ligeiro ascendente à seleção nacional. O golo de Varela ao cair do pano acaba por deixar essa tendência expressa no marcador, nm encontro que nenhuma das equipas dominou, a não ser em alguns períodos. 

No que diz respeito à posse de bola podemos falar de um empate técnico: 52 por cento para Portugal, 48 por cento para os Estados Unidos. Foam 20 remates portugueses para dois golos, contra 15 dos norte-americanos, que tiveram melhor pontaria: 10 deles foram à baliza, contra apenas nove de Portugal. As estatísticas da FIFA medem também aquilo a que chamam ataques perigosos, e aí Portugal termina com 47, contra 33 dos EUA.

Portugal entrou melhor. Quando chegou o golo de Nani, aos cinco minutos, os números davam clara superioridade à seleção. 66 por cento de posse de bola, 24 passes completos contra 13 dos Estados Unidos. Aquele era o primeiro remate do jogo.

Aos 15 minutos ainda se mantinha essa tendência mais para Portugal, mas ela foi-se diluindo com o andar do relógio. A equipa dos Estados Unidos pegou na bola e conseguia chegar depressa lá à frente. Criou várias oportunidades, à meia hora as estatísticas registavam 11 ataques perigosos dos Estados Unidos, contra seis de Portugal, seis remates contra dois da seleção. Sendo que, desses, apenas o golo de Nani tinha sido enquadrado com a baliza.

A diferença também se diluia na posse de bola, aos 30 minutos já era de 43 por cento para os EUA, 57 para Portugal. A seleção nacional ainda tinha melhores números de circulação de bola, 150 passes contra 117 do adversário.

As coisas pareceram complicadas durante longos minutos na primeira parte, mas com o aproximar do intervalo Portugal voltou a crescer. Um remate de Nani, um livre de Cristiano Ronaldo, e uma grande oportunidade de Nani, reforçada por Éder na recarga, reequilibraram os registos ofensivos do jogo.

Ao intervalo mantinha-se o 0-0 para Portugal e o equilíbrio era mesmo o tom dominante: 50/50 em posse de bola, 17 ataques perigosos dos EUA contra 13 de Portugal, 9/8 em remates (4/4 enquadrados), 2/7 defesas.

Em total de passes, Portugal tinha 268, contra 273 dos EUA, 84 por cento de passes certos, para 83 dos norte-americanos. Bolas recuperadas eram 21 para os EUA, 22 para Portugal, 37/38 em bolas perdidas e 5/7 em faltas.

Nani e Cristiano Ronaldo eram os mais rematadores, com três tiros à baliza cada um. E Miguel Veloso foi o jogador da seleção que percorreu maior distância na primeira parte, 5.180 metros. Neste capítulo os números totais também eram de equilíbrio: 50.569 para Portugal, 50.004 para os EUA.

Portugal entrou bem na segunda parte, quando William Carvalho tomou lugar no meio-campo e Veloso passou para o lado esquerdo da defesa. Teve mais bola, equilibrou as contas dos ataques perigosos (23/23 aos 60 minutos) e passou para a frente no número de remates (10/11).

O golo de Jones, aos 63m, empatou o jogo e também as contas dos remates, 12 para cada lado por essa altura.  Forçou também Portugal a um último esforço, que nas estatísticas se traduziu em maior volume ofensivo. A um quarto de hora do final a seleção nacional já tinha mais remates /14 contra 13) e mais ataques perigosos (30/29), apresentando também vantagem na bolas recuperadas (37 contra 32). 

Mas foram os Estados Unidos a marcar, por Dempsey, aos 81 minutos, no 15º remate norte-americano, quase o dobro do total de oito de que a equipa de Klinsmann precisou para vencer o Gana, na primeira jornada do Grupo G.

Portugal esteve à beira do adeus precoce ao Mundial até ao último dos minutos de descontos, quando Varela cabeceou, a cruzamento de Cristiano Ronaldo, para aquele que foi o remate número 20 de Portugal na partida.

Em termos individuais, as atenções viravam-se obviamente para Cristiano Ronaldo e o capitão português, mesmo que tenha deixado a impressão de ter sido pouco influente fez, além do passe para o golo de Varela no final, sete remates, além de quatro recuperações de bola.

João Moutinho foi o jogador que fez mais passes, um total de 77, além de três recuperações de bola e três desarmes.

O jogador que percorreu maior distância foi João Pereira (10.533m), seguido de Nani, com números relevantes: 10386 m percorridos, quatro remates remates, 30 passes, cinco bolas recuperadas e dois desarmes.

Números do Portugal-Estados Unidos

Posse de bola: 48 por cento para os EUA/52 para Portugal
Remates: 15/20
Remates enquadrados: 10/9
Ataques perigosos: 33/47
Cruzamentos: 15/22
Livres: 18/12
Defesas guarda-redes: 4/2
Alívios: 12/9
Bolas recuperadas: 43/49
Bolas perdidas: 76/76
Faltas cometidas: 11/14
Cartões amarelos: 1/0
Passes totais: 553/582
Passes completos: 453/488 (84 por centos para ambas as equipas)
Distância percorrida: 110.299m/106.520m