Ivo Vieira, treinador do Famalicão, em declarações aos jornalistas após o jogo com o Sporting no Estádio José Alvalade para a 26.ª jornada da Liga:

«Esperava mais da nossa equipa em termos de jogo e de qualidade do mesmo, mas também entendo que, jogando o Sporting em casa e sendo forte, a estratégia acabou por surtir efeito em termos de organização defensiva.

Mas gosto de ter mais bola e que a minha equipa crie situações de golo e tenha muitos momentos no último terço. Mas isso também não aconteceu por causa da pressão forte do Sporting.

O Sporting teve ascendente mais na segunda parte. Na primeira parte faz um golo fruto de uma infelicidade nossa e não teve muitas mais oportunidades. Na segunda parte carregou mais, teve mais bola e nós tivemos muito mérito na defesa da nossa baliza contra uma equipa que considero ser a mais forte do campeonato. Considero que os que vão à frente são os melhores. Justo ou não, é um resultado que nos dá mais um ponto para a nossa caminhada.»

[Sobre o alegado interesse de Sporting e Benfica em Rúben Vinagre]

«São notícias públicas mas não me diz respeito comentar. É bom valorizarem os atletas do Famalicão. Mas noto nitidamente o foco dos jogadores no objetivo do Famalicão. Vamos correr atrás do que perseguimos e do que temos de conquistar.»

[Sobre o Sporting]

«O Sporting vinha jogando de uma forma um pouco diferente em termos de intervenientes, com o Daniel Bragança e o João Mário. Alterou, com o João Mário e o Pote a fazerem jogo interior, dando profundidade na mesma com os dois alas, laterais que são mais extremos. Tivemos alguma dificuldade, porque o Pote encostava ao Palhinha na primeira fase de construção. Criou-nos alguma indefinição. Trabalhámos alguns momentos em que o Sporting é forte, mas tivemos de ajustar o triângulo do meio para podermos afastar os médios no bom sentido para poderem dar suporte aos laterais e cortar as linhas de passe a esses dois atletas que são muito fortes no um contra um e no jogo interior. Depois têm o Tiago Tomás, muito forte no ataque à profundidade e o Paulinho a fazer apoios centrais e também na procura da profundidade. É uma equipa que tem grande alternância no seu jogo e por isso palavra de mérito e de apreço aos meus jogadores, que foram muito competentes no sacrifício e na interpretação do jogo.»

[Ainda não perdeu. O que mudou no Famalicão?]

«Quando há uma alteração na liderança há sempre uma ação diferente dos atletas. É uma pessoa nova e abre-se uma janela de oportunidade para todos os jogadores e eles tornam-se mais competitivos no treino. Mas depois é uma questão mental: se os jogadores acreditarem no que fazem e lutarem pelo que acreditam, estão mais perto de obter resultados destes. Mas ainda estamos distantes daquele que é o nosso objetivo.»