O espanhol Fernando Alonso, vice-líder do Mundial de pilotos, o colega da Renault Giancarlo Fisichella e o director geral da equipa, Flavio Briatore, trocaram duras críticas esta quinta-feira, via imprensa, na véspera do início dos treinos para o Grande Prémio do Japão, a penúltima prova da temporada.
Alonso não se conforma com a equipa não ter impedido Fisichella de ultrapassá-lo no GP da China (no último fim-de-semana) quando os pneus do Renault nº1 apresentaram problemas, nas voltas seguintes à primeira paragem nas «boxes».
«O que aconteceu em Xangai foi que tive um problema com o carro [nos pneus] específico para dez ou nove voltas e senti-me sozinho, com certeza», afirmou o campeão do Mundo em título, acrescentando: «Disputei a posição com Fisichella na última curva. Ele ultrapassou-me e depois ganhei de novo o lugar dele. Correr esses riscos todos, com o próprio companheiro de equipa, restando apenas três etapas para o encerramento da temporada, não está correcto».
Briatore defendeu Fisichella, dizendo que este apenas «fez o seu trabalho». Tentando desvalorizar a polémica com Alonso, o director da Renault lembrou que Ayrton Senna e Alain Prost também se irritaram com as respectivas equipas em alguns momentos da carreira: «O importante é que teremos um final de campeonato digno de um romance de Agatha Christie».