O piloto português António Félix da Costa está consciente que é «o alvo a abater» na temporada do Mundial de Fórmula E, competição para carros elétricos, cuja sétima época começa esta sexta-feira, na Arábia Saudita.

O piloto de Cascais foi o campeão em 2020, pela DS Techeetah, mantendo as mesmas cores para a nova temporada, onde vai utilizar o número 1 reservado aos campeões.

Em declarações à Agência Lusa, Félix da Costa diz ambicionar «lutar por vitórias e por títulos», ainda para mais este ano, em que é o atual campeão.

«Sei que sou o alvo a abater por todos os meus adversários, mas isso, na verdade, motiva-me ainda mais para entrar em pista na máxima força. Será um ano ultracompetitivo, todas as equipas trabalharam muito e evoluíram muitos os carros, mas nós também o fizemos e queremos muito manter o nível de 2020», frisou.

Para Félix da Costa, levar o número 1 na frente do carro «é sempre especial» e, também, «uma grande responsabilidade».

«Em termos de trabalho nada mudou, mantemos os níveis e foco no máximo, em Paris, na equipa, toda a gente trabalha com uma sede de vitória incrível e sei que tenho uma excelente equipa de engenheiros, mecânicos e staff por trás de mim. Pessoalmente, preparei-me da melhor forma possível neste confinamento. Tenho a sorte de já estar na minha casa nova, onde disponho de ginásio e isso ajuda muito. Procurei também manter-me feliz, saudável e bem mentalmente, aproveitando tempo em família, para poder agora ir à luta com a cabeça bem, saudável e limpa para me concentrar no meu trabalho em pista», referiu.

Para já, a equipa do piloto luso optou por não introduzir nenhuma das evoluções trabalhadas no defeso, mas isso não preocupa Félix da Costa.

«Só vamos estrear o carro novo na corrida de Roma. Testámos já muito com o carro novo, mas, por razões de garantia de fiabilidade, decidimos para manter o carro da época passada nesta primeira prova. As melhorias são essencialmente numa melhor eficiência na gestão da energia das baterias», explicou à Lusa.

O piloto português vai, também, manter a aposta no Mundial de Resistência, campeonato em que foi vice-campeão mundial da classe LMP2, atrás de outro português, Filipe Albuquerque.

«Além da Fórmula E, que é o meu programa principal, vou também manter-me no Campeonato Mundial de Resistência, juntamente com os meus colegas de equipa de 2020, o Roberto Gonzalez e o Anthony Davidson. Fomos vice-campeões do mundo em 2020 e fomos segundos nas 24 horas de Le Mans, pelo que o objetivo este ano passa por lutar pelo título Mundial também. É mais um grande desafio, mas só tenho uma forma de estar nas corridas, com mentalidade vencedora», concluiu.

O Campeonato do Mundo de Fórmula E arranca este fim de semana, com uma jornada dupla disputada na sexta-feira e no sábado, em Diriyah, na Arábia Saudita.