Jupp Heynckes, treinador do Benfica, ficou parcialmente satisfeito com a exibição encarnada diante do Aston Villa, sublinhou que a sua equipa «podia ter ganho se não fosse um erro tão perto do final» e fez questão de deixar uma nota de optimismo para o jogo com que iniciará o Campeonato, diante do F. C. Porto. 

«Nessa altura teremos mais soluções do que tivemos hoje. Creio que não vai ser esta a equipa titular. A maior parte dos jogadores contratados este ano não puderam jogar devido a problemas físicos e há que levar isso em conta. Tivemos muitos lesionados nos últimos dias - Escalona, Dudic, Van Hooijdonk, Ronaldo, Fernando Meira, Uribe...», frisou o técnico alemão. 

Subsistem algumas dúvidas sobre a utilização de Fernando Meira nas Antas, devido ao problema que divide Benfica e Vitória de Guimarães. Interrogado a esse propósito, Heynckes começou por referir-se apenas à lesão do internacional sub-21 português: «Hoje, pela primeira vez, não sentiu dores, o que é bom sinal. Agora tem que trabalhar para estar em boas condições. Para jogar tem que estar muito bem». 

O treinador do Benfica percebeu depois a insistência na questão burocrática e respondeu: «Pelo que li está quase resolvido, não é?». Eládio Paramés, assessor de imprensa do Benfica, estava ao lado e acenou que sim. 

Sobre o encontro propriamente dito, Heynckes não se alongou: «O Aston Villa é uma boa equipa e acabou de jogar duas vezes na qualificação para a Taça UEFA, o que é muito importante nesta altura em termos de ritmo. Na primeira parte a minha equipa não esteve bem em campo, sobretudo quando não tinha a bola. Melhorámos um pouco antes do intervalo e depois, na segunda parte, gostei muito mais. Posicionámo-nos melhor e tivemos mais confiança. A entrada de Van Hooijdonk trouxe maior frescura. Foi um resultado justo, pois o Aston Villa dominou a primeira parte e nós a segunda.» 

«Queremos a Liga dos Campeões» (John Gregory) 

O treinador do Aston Villa gostou do que viu na sua equipa «durante uma hora». Depois disso, disse John Gregory, «começaram as substituições e naturalmente a qualidade baixou». 

A importância de David Ginola nos Villains já se nota à légua. John Gregory concorda com a ideia e sublinhou a satisfação pelo facto de o internacional francês ter «durado 90 minutos». «Ele precisa muito de jogar a fim de atingir a melhor forma física», acrescentou. 

Numa rápida vista de olhos sobre os objectivos do Aston Villa para a temporada que se avizinha, Gregory mostrou ambição: «Ficámos em sexto lugar e naturalmente o principal objectivo é ficar de novo entre os seis primeiros. Mas acima de tudo queremos a Liga dos Campeões, é essa a nossa meta.»