Guillermo Barros Schelotto foi apresentado esta quarta-feira como novo treinador do Boca Juniors, numa conferência de imprensa emotiva que marca o regresso de um dos «preferidos» de La Bombonera a casa. O novo treinador começou por destacar isso mesmo e anunciou que, agora, é o momento de pôr de lado as emoções para implantar as novas ideias, até porque a Libertadores está já aí à porta e logo a seguir vem um clássico com o River Plate.

«Quero começar por agradecer a toda a gente que me ajudou na carreira como jogador e como treinador. O passo que dei no Lanús foi importante para que possa estar aqui. Muito agradecido por estes três anos e meio», começou por destacar numa concorrida conferência de imprensa em que se apresentou ao lado do irmão gémeo, Gustavo, que será seu adjunto, como já tinha sido no Lanús e no Palermo.

Agora é o momento de arregaçar as mangas e começar a trabalhar até porque a estreia é já esta quinta-feira, frente ao Racing, na Taça Libertadores, e, logo a seguir, no sábado, o Boca defronta o rival River Plate para o campeonato argentino. «Arrancamos do zero. Apesar do Boca ter sido campeão, isso não nos dá qualquer vantagem. Partimos da mesma posição de todos os outros. Vamos devagar. Vamos jogar muito. A única coisa em que pensei foi no melhor treino e na melhor equipa para ganhar ao Racing. Não posso olhar mais para a frente. O importante é o jogo da Libertadores, mais do que o clássico», prosseguiu o treinador de 42 anos.

Em 2007, quando deixou o Boca Juniors para ir jogar para a liga norte-americana (MLS), Schelotto anunciou que iria regressar como treinador. Promessa cumprida. «Logicamente que estar aqui como treinador é emotivo. Estar nesta perspetiva é emocionante. Mas agora temos de nos manter tranquilos para trabalhar. Como me dizia um amigo italiano, temos de suster as emoções para deixar correr as ideias. Temos de ter os pés na terra e pensar no que aí vem», destacou ainda.

Uma ideia que Guillermo Barros Schelloto insistiu ao longo da conferência de imprensa: colocar os sentimentos de lado porque, a jogar em casa, a prioridade é ganhar já esta quinta-feira ao Racing e assumir a liderança do Grupo 3 da Taça Libertadores.