Jorge Jesus não esquecerá tão cedo o tradicional ambiente que se vive no futebol britânico, mais propriamente o que sentiu quarta-feira passada no Celtic Park.

«De certeza que vai ficar gravado na minha carreira o ambiente que vivi e todos os que estiveram na quarta-feira em Glasgow, aquilo é que é ser fã. Aquilo é que é paixão, sentimento, e é o que gostava de ver no futebol português em todas as equipas. E não é só quando se ganha. Gostava que os adeptos portugueses olhassem para isso. Em Coimbra quantos mais adeptos tivermos melhor, dão-nos força, ajudam-nos, como eles dizem, a caminhar mas não sozinhos», atirou o treinador do Benfica, com a voz a ecoar por todo o auditório do centro de estágios do Seixal, quando questionado se esperava ver uma receção semelhante este domingo, na visita à Académica.

O que pensa Jesus do apertar do cinto de Vieira?

No que diz respeito ao adversário, o técnico só tem elogios: «A Académica é uma das boas equipas do campeonato, normalmente temos jogos muito difíceis em Coimbra. Este ano a equipa da Académica parece-me mais forte, é um sinal que vai ser difícil. Mas o Benfica está preparado para as dificuldades, vem de um jogo moralizante e sabemos que temos valor para ultrapassar a Académica.»

Uma das grandes dificuldades para um líder, reconhece Jesus, é a mudança de competição e do nível de exigência da mesma. «É um dos grandes problemas para um treinador a forma como se consegue motivar os jogadores para encontros com uma conjuntura diferente. Foi o discurso que nós treinador tivemos todos em Nyon, mas temos feito tudo para que os jogadores percebam que o grande objetivo é o campeonato. Queremos passar para o campeonato no entanto aquele nível de motivação que tivemos em Glasgow», concluiu.