FINAL DA PARTIDA (0-1). O Rio Ave ganha e está na quinta eliminatória da Taça de Portugal, mas deixa uma pálida imagem do seu futebol. O Atlético merecia mais pelo que fez na segunda parte, mas a experiência valeu tudo neste confronto. Rio Ave terá de voltar a estudar a lição.

Cartão amarelo a Idalécio (Rio Ave).

Bola na trave. Excelente impulsão de Renato no cabeceamento em arco. Candeias vê a bola bater na trave e agarra em segurança.

Substituição no Rio Ave. Sai Evandro, entra Miguelito.

Substituição no Atlético. Sai Sérgio Rocha, entra Abdel.

Jacinto Gouveia remata com perigo, mas Candeias faz nova grande defesa.

Substituição no Atlético: sai Nuno Gaio, entra Mesquita.

Substituição no Rio Ave: sai Paulo César, entra Ronny.

Um adepto do Atlético cai nas bancadas do recinto. Está a ser ajudado pela equipa médica que prepara-se para o levar de maca para o hospital.

Remate de Vandinho, a bola vai para fora.

Grande oportunidade para o Atlético. Ricardo Aires aparece isolado na área e remata, mas torto e sem a direcção da baliza.

Substituição no Rio Ave. Sai Jacques, entra Gama.

GOLO DO RIO AVE (Evandro). O avançado aparece solto na direita, entra na área, os jogadores do Atlético ficam a protestar fora-de-jogo, mas nada é assinalado e Evandro, com um remate cruzado marca para o Rio Ave.

Jogo muito fraco. A bola é trocada no meio-campo sem que haja perigo para as balizadas. Carlos Brito prepara-se para mexer na equipa.

Uma atitude sensata fora do campo. Um sócio do Atlético dirigiu-se até ao banco de suplentes do Rio Ave para insultar Carlos Britos, mas foi logo avisado por adeptos do clube lisboeta para não repetir o acto.

INÍCIO DA SEGUNDA PARTE.

O sócio com o número de bilhete 50 ganhou uma camisola do Atlético. Um sócio já com idade avançada, na casa dos setenta anos, recebeu a camisola azul e sem meias medidas retirou os casacos que tinha e mesmo por cima da roupa vestiu a camisola. Com barrete preto, camisa branca aos quadrados pretos, camisola de manga curta azul por cima e óculos. Ou a nova moda para o Inverno.

INTERVALO (0-0). Os sócios do Atlético saem contente com a equipa pelo empate ao intervalo. Apesar das boas oportunidades o jogo tem sido mau. Com muitos erros e sem muito interesse. Nervos a mais e muita bola pelo ar.

Grande oportunidade para o Atlético. Livre marcado, Candeias defende para a frente onde aparece Rui Gregório a ramatar para nova intervenção de Candeias. Segura o empate o guarda-redes do Rio Ave.

Cartão Amarelo a Bruno Mendes (Rio Ave).

Bola na trave. Livre na direita por Junas, a defesa do Atlético salta em conjunto e corta a bola para a sua baliza. Grilo estica-se, mas não consegue chegar e a bola caprichosamente bate na trave e sai.

Canto bem cobrado, Bruno Mendes salta bem na área do Atlético, mas sem direcção. A bola vai para fora.

Erro quase fatal de Bruno Mendes que atrasa com pouco força, Nuno Gaio chega primeiro, mas não antes de Candeias, que afasta a bola da área. Depois a recarga não surge em condições e o lance perde-se.

Novo remate à entrada da área, desta vez de Sabugo, para as mãos de Candeias.

Remate à entrada da área de Sérgio Rocha, muito torto para fora. Ainda assim aplaudido.

Grande oportunidade para o Rio Ave. Niquinha entra na área pela esquerda, ganha a linha de fundo e cruza atrasado para Evandro. O avançado remata, mas não acerta na baliza. Grilo estava batido.

Evandro remata com perigo, a bola passa rente ao poste direito de Grilo.

O Atlético encontra dificuldades em sair do seu meio-campo em virtude da pressão do Rio Ave. Mesmo assim, é um jogo muito pobre em termos técnicos aquele se assiste.

Boa combinação entre Jacques e Vandinho, com este a tentar cruzar, mas sem levantar os olhos para ver onde deveria colocar a bola, que foi para fora.

Carlos Brito pede aos jogadores para jogarem com a bola pelo chão. O Rio Ave está a sentir muitas dificuldades. O Atlético parace muito nervoso, demasiado.

Paulo César, em boa posição novamente, cruza em vez de rematar, e mais uma vez perde-se uma jogada de perigo para o Rio Ave.

Jogo muito confuso, sem nexo. Vandinho abriu bem para César, mas este perdeu tempo de remate e o ataque.

Olegário Benquerença aconselha calma a Sérgio Rocha (Atlético).

Este é daqueles jogam em que se ouve os jogadores falarem entra si e as instruções dos técnicos.

Mozer bate um livre para a grande área, sai Grilo e agarra em segurança.

Remate com intenção de Sabugo. A bola vai muito por alto, mas é aplaudido pelos poucos adeptos presentes.

Grande oportunidade para o Atlético. Bola cruzada da esquerda para o centro da área, onde aparece Renato a cabecear para a baliza deserta...aparece Valente a cortar sobre a linha de golo para fora.

Primeiro remate com perigo. Vandinho (Rio Ave) remata em jeito, mas para fora.

Os defesas do Atlético parecem algo nervosos, trocam palavras azedas entre si, depois de Miguel Silva ter deitado uma bola para canto, quando não se encontrava pressionado.

O Rio Ave tentar controlar o jogo. Para já as equipas estudam-se.

INÍCIO DO JOGO. Sai o Rio Ave.

INTERVALO (0-0). O público na Tapadinha está satisfeito pelo empate ao intervalo. Apesar de algumas ocasiões flagrantes, o jogo não está muito bonito. Muito pontapé para o ar. O Rio Ave sente dificuldades em chegar ao golo, o Atlético tem aproveitado as falhas da equipa do Rio Ave, mas até agora sem sucesso.

Rio Ave equipa todo de branco, o Atlético equipa de calção azul, com camisola amarela listada verticalmente de azul.

As equipas entram em campo...

O responsável pelas instalações explica que contra o Barreirense o estádio estava quase lotado. Muito longe da afluência que se regista neste momento para um jogo com uma equipa da Superliga. Vale a vista para o Rio Tejo.

Agora piorou o cenário, música dos anos sessenta para animar. Entra mais público, estão agora cerca de cem pessoas nas bancadas.

Os apanha-bolas também têm equipamentos específicos. Calção branco e camisola amarela às riscas vermelhas. Impossível passar despercebido com tal indumentária.

As constituíções das equipas que o speaker tentar revelar pelas colunas do estádio praticamente não se ouvem.

As equipas já recolheram aos balneários, dentro de pouco tempo começará o jogo.

Nesta contabilidade não estão incluídos os seis polícias.

Todos somados, não estão mais de 50 adeptos no Estádio da Tapadinha, em Lisboa.

Alguns adeptos do Atlético gritam para dentro do campo para que os jogadores do Rio Ave deixem a equipa da terceira divisão passar à quarta eliminatória.

Olegário Benquerença também já faz exercícios de aquecimento.

RIO AVE: Candeias, Niquinha, Idalécio, Valente, Bruno Mendes, Mozer, Paulo César, Junas, Vandinho, Jacques e Evandro; <p>Suplentes: Mário, Miguelito, Ronny, Franco, Gama, Cuco e Ruben;

Antes do jogo, uma jovem rapaz quis levar para casa uma bandeirola de canto. A proximidade com algumas habitações permite situações do género, que foram de pronto sanados por um elemento do Atlético.

ATLÉTICO: Paulo Grilo, Harri, Rui Gregório, Ricardo Aires, Miguel Silva, Jacinto Gouveia, Sérgio Rocha, Sabugo, Renato, Rui Varela e Nuno Gaio. <p>Suplentes: André Cassandra, Ricardo Rocha, Mesquita, Egas, Abdel, Santiago e Carvalho;

O Atlético é um clube com história nesta competição. Já por duas vezes chegou à final da Taça de Portugal, ainda que tenha sido derrotado nessas duas ocasiões. Primeiro pelo Sporting, em 1945/46, tendo perdido por 4-2, e depois em 1948/49, por 2-1, frente ao BEnfica.

Para chegar a esta eliminatória, o Atlético eliminou o Messinense, tendo ganho por 2-0, depois afastou o Madalena, por 1-0, e pelo mesmo resultado derrotou o Barreirense, mas apenas depois do prolongamento.

As duas equipas trocam as bolas no relvado. Já estão em exercícios de aquecimento.

A equipa do Rio Ave chegou ao Estádio da Tapadinha cerca das 13h30. Maisfutebol teve o privilégio de acompanhar o trajecto do autocarro da equipa de Carlos Brito que, apesar dos difíceis acessos, conseguiu chegar tranquilamente sem se desviar um metro que fosse da linha que devia seguir. Esta é uma zona histórica de Lisboa.

A festa da Taça junta neste particular uma equipa da terceira divisão, zona F, e uma formação da Superliga. O Atlético vai tentar fazer uma surpresa, sabendo da diferença de valor. Mesmo assim esta equipa de Lisboa ocupa uma excelente segunda posição no campeonato, ambicionando a subida de divisão já nesta época. O Rio Ave é um clube conhecido pelas recentes presenças na Superliga. Ocupa actualmente o 12º posto.

O Estádio da Tapadinha, em Alcântara, é espantoso. Não tanto pelas instalações em si, mas pela espectacular imagem que proporciona aos adeptos. Tem vista para o Rio Tejo e sobre a zona alta da cidade de Lisboa. Se se for no sentido Almada/Lisboa, pela ponte 25 de Abril é possível ver à sua esquerda este pequeno complexo que hoje recebe a festa da Taça. Vale a pena a deslocação.

Boa Tarde. O Atlético, da terceira divisão, recebe este domingo o Rio Ave, da Superliga, na festa da Taça. Mais um encontro entre David e Golias, que pode acabar em surpresa. Se não tem oportunidade de se deslocar a Alcântara, em Lisboa, ao Estádio da Tapadinha, acompanhe as incidências do jogo ao minuto aqui no Maisfutebol. Nós contamos-lhe tudo.