COMENTÁRIO: Vitória justíssima do Benfica que, com o passar dos minutos foi brindando os sócios na igauração da nova Luz explanando com futebol a superioridade que tem relativamente ao Nacional. No segundo tempo, a equipa encarnada remeteu os uruguaios praticamente ao seu meio-campo, apesar das muitas substituições. Nuno Gomes esteve em grande plano com os dois golos do dia da inauguração.

Final da partida. O Benfica vence o Nacional de Montevideu, por 2-1, na inauguração do Estádio da Luz.

Canto marcado por Roger e Hélder cabeceia para fora.

Jogada de envolvimento do Benfica pela direita e Carlitos, já na área, remata, mas contra Machado.

Já se joga o último minuto e o árbitro dá mais três de compensação.

Cruzamento de Alex na esquerda e Roger cabeceia, mas bola passa rasar o poste.

canto cobrado por Roger e grande ocasião de golo na área do Nacional, mas ninguém do Benfica consegue rematar.

Cobrança excelente de um livre por Wesley e Bossio responde com uma grande defesa.

Substituição no Benfica. Sai Armando entra João Pereira.

Substituição no Benfica. Sai Armando entra João Pereira.

João Pereira prepara-se para entrar e o público grita pelo seu nome.

Remate de Guglielmone, após livre cobrado curto, mas o renate bate na defesa do Benfica.

Substituição no Benfica. Sai Simão entra Carlitos.

Substituição no Benfica. Sai Simão entra Carlitos.

Substituição no Nacional. Sai Curbelo e entra Leites.

Substituição no Nacional. Sai Curbelo e entra Leites.

Substituição no Nacional. Sai Coelho e entra Sosa.

Substituição no Nacional. Sai Coelho e entra Sosa.

Livre cobrado por Roger junto à linha de fundo coma bola a bater na trave.

Substituição no Nacional. Sai Ferreira e entra Guglielmone.

Substituição no Nacional. Sai Ferreira e entra Guglielmone.

Substituição no Nacional. Sai Benoit e entra Valdez.

Substituição no Nacional. Sai Benoit e entra Valdez.

Substituição no Benfica. Sai Moreira e entra Bossio.

Substituição no Benfica. Sai Moreira e entra Bossio.

Cotra-ataque muito rápido do Benfica, com Roger a lançar Simão, que finat um defesa e remata forte para defesa incompleta de Bava. Os uruguaios afastam.

Substituição no Benfica. Sai Nuno Gomes e entra Fehér.

Substituição no Benfica. Sai Nuno Gomes e entra Fehér.

Substituição no Bnefica. Sai Geovanni e entra Alex.

Substituição no Bnefica. Sai Geovanni e entra Alex.

Expulsão de Melo por acumulação de cartões.

Substituição no Nacional. Sai Albin e entra Guerrero.

Substituição no Nacional. Sai Albin e entra Guerrero.

Cartão amarelo a Melo.

Falta cobrada por Roger, com a bola atrasada, mas Simão falha o remate.

GOLO DO BENFICA (Nuno Gomes, 2-1): passe de Roger para Nuno gomes que, mesmo com um adversário a prssioná-lo, do lado direito da área tem um remate indefensável para Bava.

Substituição no Benfica. Sai Sokota e entra Roger.

Substituição no Benfica. Sai Sokota e entra Roger.

Substituição no Benfica. Sai Argel e entra Cristiano.

Substituição no Benfica. Sai Argel e entra Cristiano.

Substituição no Benfica. Sai Tiago e entra Fernando Aguiar.

Substituição no Benfica. Sai Tiago e entra Fernando Aguiar.

Substituição no Benfica. Sai Petit e entra Andersson

Substituição no Benfica. Sai Petit e entra Andersson

Início da segunda parte. Sai o Benfica

COMENTÁRIO: Jogo muito intenso, com a nítida intenção das equipas em marcar golos e fazendo poucas marcações. O Benfica tem sido superior e dominado o encontro, mas o Nacional não tem deixado de chegar à baliza de Moreira. Os encarnados criaram bem mais ocasiões de golo, mas os uruguaios são muito rápidos e têm causado alguns sobressaltos à equipa portuguesa.

Final da primeira parte. O Benfica e o Nacional de Montevideu estão empatados 1-1.

Joga-se o último minuto e Pedro proença dá mais um de compensação.

Remate de Scotti por cima da baliza de Moreira.

Remate de Petit, após canto atrasado, mas o remate é rechassado pela defesa uruguaia.

Moreira é obrigado a sair a punhos para impedir que a bola chegue a Melo.

Cartão amarelo a Petit, por falta sobre Wesley.

Cruzamento de Goevanni na direita, mas Bava agarra a bola.

Substituição no Benfica. Sai Miguel e entra Armando.

Substituição no Benfica. Sai Miguel e entra Armando.

Jogada individual de Nuno Gomes, o avançado do Benfica remata e o resalto num defesa do Nacional quase faz um chapéu a Bava, mas o guarda-redes faz uma grande defesa.

Remate de longe de Albin, mas a bola sai fraca e Moreira defende com facilidade.

Excelente lançamneto de Benoit para Albin, mas Hélder consegue recuperar e corta a bola.

O jogadores parecem agora estar a acalmar do início alucinante que teve a partida.

Simão cruza para a área na transformação de um livre e Tiago cabeceia, mas por cima.

Simão foge pela esqu~erda, cruza para a cabeça de Sokota, mas a defesa do Nacional afasta.

Goevanni cruza da direita, Nuno Gomes dá de calcanhar para Sokota, mas Benoit antecipa-se e corta o lance.

Remate de Sokota para defesa de Bava.

Albin entra pela direira da área do Benfica, remata para defesa incompleta de Moreira e Hélder afasta.

Novo cruzamento de Simão,mas desta vez a bola passa à frente da baliza do Nacional sem alguém tocar.

Jogo de para~da e resposta. O Bnefica quase marca novamente. Simão volta a cruzar para o centro, a bola vai de novo para a direita e Geovanni remata, mas Bava defende.

GOLO DO NACIONAL (Melo, 1-1): jogada rápida a apanhar a defesa benfiquista desprevenida e Eguren liberta Mello que, muito rápido chega à área encarnada e bate Moreira com um remate rasteiro cruzado.

GOLO DO BENFICA (Nuno Gomes, 1-0): passe de Simão para Sokota, este perde a hipótese de remate, mas a bola sobra para Nuno Gomes que remata rasteiro cruzado sem hipótese para Bava. está feito por Nuno Gomes o primeiro golo do novo Estádio da Luz.

Wesley é assistido, após sofrer falta.

Jogo com início rápido e o Bnefica com vontade de jogar perto da área do Nacional.

Iníci da partida. Sai o Nacional de Montevideu.

O pontapé de saída vai ser dado por Eusébio.

Primeio remate do jogo por Geovanni, a passe de Nuno Gomes. A bola sai ao lado.

Eusébio deu o pontapé de sáida simbólico.

Tiram-se as últimas fotografias. O jogo está prestes a começar.

Eusábio desce até ao relvado para ser ovacionado.

Uma águia desceu até ao centro do relvado para aterrar num emblema do Benfica, seguindo-se o hino do clube.

Vai ser executado o Hino Nacional.

O presidente do Nacional de Montevideu entrega uma placa alusiva ao momento a Manuel Vilarinho e a Luís Filipe Vieira.

As equipas sobem ao relvado debaixo de uma coreografia que deatca os jogadores com o estádio às escuras.

O árbitro da partida será Pedro Proença.

NACIONAL DE MONTEVIDEU: Bava, Benoit, Machado, Curbelo, Wesley, Scoiti, Eguren, Coelho, Albin, Ferreira, Mello. Suplentes: Vieira, Valdez, Leites, Sosa, Guerrero e Guglielmone.

BENFICA: Moreira, Argel, Petit, Geovanni, Simão, Nuno Gomes, Miguel, Sokota, Tiago, Hélder e Ricardo Rocha. Suplentes: Bossio, Armando, Cristiano, Andersson, Roger, Fernando Aguiar, Alex, Carlitos, Fehér, João Pereira e Hugo Pereira.

Já são conhecidas as equipas.

Começa a coreografia no relvado, precedida por petardos de fogo de artifíicio.

Nos ecrãs passam imagens da Assembleia Geral em que foi aprovada a construção do estádio e das obras até ao dia de hoje.

No relvado acendem-se 1.000.160 luzes que representam os minutos que demorou a construir o Estádio da Luz.

Começou o espactáculo com um texto introdutório sobra a história dos estádios do Benfica.

O presidentes da Câmara Municipal de Lisboa, Pedro Santana Lopes, destacou «a maior obra realizada em menos tempo com maior eficácia no desporto português» e seguiu-se-lhe na oratória o Primeiro Ministro, Durão Barroso (muito assobiado), e o Presidente da República, Jorge Sampaio, que fizeram breves discursos com a mensagem «Viva o Benfica».

Manuel Vilarinho foi o primeiro a falar, introduzindo e fechando o seu discurso com três Vivas ao Benfica. O líder benfiquista destacou que «o futuro do Benfica começa hoje»; «o clube sofreu a bom sofrer»; «vencemos todos os que não acreditaram ou se esqueceram»; agradeceu a «todos os que possibilitaram esta grande obra»; «Gilberto Madaíl» e «Valentim Loureiro» (apupos do público); «Luís Filipe Vieira, por quem o estádio existe» (aplausos).

É dada a indicação de que a sessão protocolar vai começar.

O público do Estádio da Luz corresponde,acendendo as laternas ditribuídas e cantando, ao anúncio que é feito da transmissão em directo via satélite para todo o Mundo de imagens da inauguarção do Estádio da Luz.

A menos de uma hora do início do jogo e a poucos minutos de começar o espectáculo, os «speakers» ensaiam com o público os cànticos para quando começar a festa.

A polícia pede agora às pessoas que a saída da Luz se processe de forma calma.

Luís Simões, chefe do comando metropolitano de Lisboa da PSP e responsável pela segurança, deu conta de que foram detidas três pessoas antes do encontro, «duas por injúrias a agentes» e outra porque «entrou na obra e agrediu seguranças e agentes da PSP». Atendendo «às condições» e ao facto de não estarem prontos nos acessos, o responsável considera no entanto que «correu tudo bem».

O primeiro-ministro Durão Barroso frisou que este «é um dia muito importante e mais um passo para o Euro», enquanto Santana Lopes, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, recordava o trabalho que a Luz deu: «É um grande dia para Lisboa e sobretudo para o Euro-2004. É um estádio muito bonito. Deu muito trabalho, mas valeu a pena.»

Jorge Sampaio deu os parabéns ao Benfica pelo estádio e disse que, apesar de sportinguista, hoje torce pelo clube da Luz: «Claro que estou a torcer, como faço nas competições europeias. Cá dentro é um bocadinho diferente, como sabem.»

Além de Sampaio e do primeiro-ministro Durão Barroso estão na Luz vários membros do Governo, entre os quais a ministra da Justiça, Celeste Cardona, o ministro das Obras Públicas, Carmona Rodrigues, ou o ministro do Desporto, José Luís Arnaut.

Jorge Sampaio descerrou a placa que inaugura oficialmente o Éstádio da Luz pelas 20h17, no meio de muita gente.

Já está na Luz o presidente da República, Jorge Sampaio, que vai inaugurar oficialmente o Estádio da Luz.

Rui Águas também cá está e espera para sentir a nova luz. «Ainda não vi por dentro. Admito que seja bonito. Aliás, o estádio feito para substituir aquele que era o mais bonito (mesmo os que não são benfiquistas concordariam) tem de ser cuidado. Por fora é grandioso, mas por dentro é que se passa toda a acção. Pode ser um ponto de viragem.»

Quando faltam 45 minutos para começar o espectáculo as bancadas da nova Luz estão praticamente cheias.

Continuam a chegar ao estádio antigas glórias do Benfica. Agora é Mozer, «orgulhoso» do novo estádio: «É uma arquitectura belíssima. Sei que vai correr tudo bem, mas se correr mal temos seis minutos para evacuar o estádio, o que é magnífico. O estádio é maravilhoso para o futuro da equipa do Benfica. Dará motivação aos jogadores porque passa por eles fazer um desporto condizente com o estádio. Tenho a certeza de que as coisas vão mudar.»

A ligação do Nacional ao Benfica tem antecedentes pouco simpáticos. O clube uruguaio foi o convidado para a apresentação dos «encarnados» em 1978, mas o jogo acabou aos 70 minutos, depois de os jogadores das duas equipas se terem envolvido em confrontos. Tudo terá começado num lance entre Humberto Coelho e Rodolfo Rodriguez, que mais tarde rumaria a Alvalade.

O clube uruguaio tem alguma tradição no futebol internacional e é tricampeão no seu país, mas já viveu melhores dias. Os jogadores ameaçaram aliás não viajar, por causa de um conflito com a direcção do clube em torno de uma dívida.

O Nacional Montevideu veio do Uruguai com 17 jogadores, numa equipa a que faltam aguns dos principais nomes, como os veteranos Dely Valdez e Rubén Sosa ou o internacional Horacio Peralta.

A cerca de duas horas do início da partida e, depois de um dia «molhado», a chuva ainda não «apareceu» no Estádio da Luz.

A maior ovação do público até ao momento com a subida dos jogadores do Benfica ao relvado. Os cânticos Glorioso SLB dominam a banda sonora da Luz.

Grande ovação por parte do público. José Antonio Camacho subiu pela primeira vez esta noite ao relvado do Estádio do Benfica.

Os jogadores do Nacional de Motevideu também já estão no Estádio da Luz e procedem agora à primeira inspecção do relvado.

Todo o plantel benfiquista foi convovcado pelo treinador José Antonio Camacho. Os jogadores saem do autocarro e encaminham-se para os balneários.

O autocarro com a equipa do Benfica está a chegar ao Estádio da Luz.

Isaías, antigo jogador que conquistou o último título do Benfica, veio do Btasil para a festa: «É um momento muito especial, sinto-me muito feliz. Estou muito honrado por ter sido convidado para estar na festa estando do outro lado do Atlântico. Vim entre a multidão e foi muito gratificante ver que as pessoas ainda me conhecem. Agora o Benfica precisa de se acertar. Esperemos que dentro de um ano o Benfica possa levantar o troféu do campeonato.»

O Benfica oferece aos chamados VIP um jantar com início marcado para as 19h30.

A festa de inauguração da casa do Benfica e palco da final do Euro-2004 trouxe à Luz vários orgão de comunicação social estrangeiros, entre os quais a televisão norte-americana CNN ou o sul-africano Século de Joanesburgo. Don Balon, El Mundo, Agência EFE e TVE representam o contingente espanhol.

Manuel Vilarinho disse também que todos os presidentes de clubes tinham sido convidados para a festa, mas já sabe quenão terá a companhia do seu homólogo do Sporting: «O dr. Dias da Cunha disse-me que não podia vir, como eu não pude ir ao estádio do Sporting. Eu fazia anos de casado e a minha mulher já sofreu muito. Ainda se fosse para sofrer pelo Benfica¿ agora sofrer pelo Sporting não, desculpem lá.»

O «Velho Capitão» Mário Wilson faz questão de «deixar uma salva muito especial ao Mário Dias»: «Eu não acreditava que fosse possível. É um esplendor de uma dimensão incomensurável.» O antigo treinador do Benfica acredita «plenamente» que os encarnados vão voltar a viver muitas glórias na nova Luz e explica a sua teoria: «Todos os clubes têm as suas décadas de vitórias. Agora o Benfica está a ter uma pequena década de vitórias que é um bocado chata para os benfiquistas.»

O animador pede às pessoas que não agitem bandeiras e cachecóis quando for tocado o hino nacional, para não estragar a «surpresa» que está preparada.

A bancada de imprensa está completamente às escuras. Por aqui não adiantam de nada as luzinhas que se agitam nas bancadas.

A duas horas do início da festa ainda falta entrar muita gente. Os adeptos sempre terão ouvido as recomendações da polícia para não chegarem muito cedo.

Vão-se fazendo coreografias com as tais luzes, cartões luminosos distribuídos à entrada a todos os adeptos. Agora fazem-se círculos de Luz.

Cai a noite no Estádio da Luz quando são 19h, os adeptos começam a agitar luzes nas bancadas, criando uma imagem sempre espectacular.

Mário Dias, o vice-presidente do Benfica responsável pela edificação do estádio, fala de «coisas que têm de se ir afinando» na nova Luz. Para já «não há percalços de maior, houve uns torniquetes que não funcionaram, umas pessoas que não sabiam por onde entrar, mas nada de grave, está tudo resolvido». O homem que liderou o projecto da Luz diz que dormiu de resto tranquilo esta noite: «Dormi como sempre, de consciência tranquila. Eu durmo sempre de cansaço.» Também não pesna festejar até às tantas, ao contrário do seu presidente: «Não sou pessoa de grandes festas, o cansaço faz-me dormir.»

Mário Coluna fala de emoções mistas: «O estádio é uma coisa fora de série. Os arquitectos estão de parabéns. Sinto-me feliz e triste, triste por terem deitado abaixo o outro monumento. Mas este é um estádio vai ficar no roteiro turístico de Lisboa.»

Luis Simões, responsável pela operação de segurança, dá conta desse desequilíbrio nas entradas, mas diz que tudo decorre sem problemas de maior: «Como esperávamos, houve muito mais gente à espera na entrada do Colombo. Houve uma certa acumulação de pessoas, mas tudo se tratou de forma ordeira. Houve alguns adeptos que esperaram um bocado, mas tudo se resoveu bem.»

A entrada dos adeptos no recinto processa-se com maior incidência na entrada junto do Centro Comercial Colombo, como era de esperar, o que cria algum congestionamento.

À chegada Manuel Vilarinho, presidente do Benfica, disse que está muito feliz e não tenciona deitar-se «antes das seis da manhã». Na hora da festa agradeceu à sua equipa dirigente e admitiu que neste dia haverá alguns problemas, mas que são normais.

Começam a chegar os VIP, entre os quais Mário Coluna, velha glória do Benfica.

Gera-se alguma confusão junto à porta principal, face à entrada de alguns adeptos na zona de entrada VIP. Manuel Vilarinho, presidente do Benfica, abeirou-se da porta, cumprimentou os benfiquistas, pediu calma, posou para a fotografia e os adeptos sairam ordeiramente.

«Filhos, o pai está aqui», escreveu num cartaz um adepto, para situar a família no meio da massa de gente que vai encher as bancadas.

O relvado está coberto por uma rede, que deverá servir para o espectáculo da noite.

As primeiras pessoas sentam-se nas bancadas perto das 17h30, muito tempo antes de começar a «acção», com início marcado para as 21h.

O recinto encarnado compreende, nos seus 45.000 m2 de área total, espaços comerciais e de lazer, ginásio, megastore, um restaurante panorâmico de dois pisos com 2020 lugares, 55 bares distribuídos por três anéis, 156 camarotes, sete mil lugares VIP, dois écrãs gigantes, um pavilhão polivalente com dois recintos com 5.500 lugares, 65.400 lugares cobertos e 1410 lugares cobertos de estacionamento, mais 700 lugares descobertos e 100 lugares para autocarros.

O Estádio da Luz, com capacidade para 65.400 pessoas, abre as portas dois anos e 24 dias depois de ter iniciado as obras.

O espectáculo de inauguração começa às 21 horas e o jogo entre o Benfica e o Nacional Montevideu tem início 45 minutos depois.

As portas do estádio já estão abertas. Os primeiros adeptos estão a entrar no recinto. Estava previsto que abrissem os acessos às 18.30, mas a aglomeração de pessoas obrigou os responsáveis a antecipar a abertura em pouco mais de uma hora.

Aproveitar para fazer publicidade é uma boa jogada de marketing num jogo de casa cheia. São distribuídos panfletos informativos sobre a venda de lugares no novo estádio.

No acesso do Alto dos Moinhos há menos pessoas que do lado do Colombo. Existe menos confusão e é também o sítio onde nos deparamos com mais vestígios de obras. Os adeptos param para observar o estádio e dar uma vista de olhos pelos artigos do camião do Benfica.

Nos pontos de venda que circundam o estádio, as palavras são sempre as mesmas: «Muitas pessoas e poucas vendas». As capas para a chuva são o artigo mais vendido. Já muita gente desembolsou 7.5 ¿ para se proteger do mau tempo.

Começam a ouvir-se os primeiros sons do interior do Estádio. Os adeptos respondem com: SLB, SLB, SLB!

Dado o aglomerado de gente, pode assistir-se a algumas «invasões» das estradas, com pessoas a correr alguns riscos, atravessando as vias. Os automobilistas, alertados para o evento que decorre mesmo ao lado da Segunda Circular, circulam com alguma precaução. Para além disso, muitos são os que aproveitam para abrandar e até mesmo parar para dar uma olhadela à «nova catedral». As buzinas juntam-se à festa encarnada.

A polícia surge, nesta altura, como uma ajuda em termos de orientação para os milhares de pessoas que circulam à volta do estádio. São muitos os adeptos que pedem ajuda aos agentes da autoridade para conseguirem encontrar a sua entrada.

Amor ao Benfica e queda para o negócio podem caracterizar José Neves, de 64 anos. Por outro lado, podíamos dizer apenas que se trata de um adepto um pouco excêntrico e que está a dar nas vistas. Afinal não é assim tão usual vermos alguém de brinco e anel do Benfica. O senhor Neves até nem é egoísta e mostra-se disposto a partilhar o «look». Mediante pagamento, claro! O benfiquista gosta do novo estádio, mas o antigo deixa saudades. Talvez por isso o tenha estampado nas costas: «Este estádio é bonito, mas tenho pena... Já chorei aqui (antiga Luz) muito e já assisti a muitas alegrias.»

Começa a chover.

As eleições são daqui a pouco menos de uma semana e hoje é um dia propício à propaganda, já que a concentração de «alvos» atinge o seu ponto alto, mais de 60 mil potenciais votantes... Aqui e ali é possível encontrar pontos de distribuição de panfletos.

Para quem anda pelas imediações do estádio fica claro que os adeptos escutaram o apelo para se vestirem de vermelho. Essa é mesmo a cor dominante.

Concentra-se uma verdadeira multidão junto ao Colombo, numa tentativa de encontrar abrigo para a chuva que ameaça cair. Junto das entradas há muita gente, que parece não conseguir decidir se entra ou não. O centro comercial foi inundado por camisolas e cachecóis encarnados.

As limitações no trânsito já se fazem sentir - principalmente na zona das Torres de Lisboa. Apesar dos apelos da PSP, vêem-se muitos carros e autocarros (de algumas das Casas do Benfica no norte) estacionados ao longo da Segunda Circular.

A duas horas de abrirem as portas já estão milhares de adeptos à volta do estádio. Muitos têm um ar um pouco perdido porque ainda não perceberam qual o acesso que mais lhes convém para entrar no recinto.

Chegou o dia da inauguração do novo estádio do Benfica. Um acontecimento onde 65 mil benfiquistas vão participar. A casa está cheia e para aqueles que não podem acompanhar em directo a festa encarnada, aconselha-se que siga «Ao Vivo» no Maisfutebol.