O At. Madrid não precisou de brilhar para chegar às meias finais da Liga Europa, após nova vitória sobre o Hannover, nesta quinta-feira, pelo mesmo 2-1 da primeira mão. E a última vez que os «colchoneros» chegaram tão longe na prova... ganharam-na. Foi em 2010. Segue-se o Valencia.

Frente à equipa menos experiente da competição, Simeone apostou no regresso do criativo Diego ao onze, para o apoio a Falcao. Tiago também alinhou de início, Pizzi ficou no banco e, do outro lado, outro português, Sérgio Pinto.

Ainda assim, no primeiro jogo, no Vicente Calderón, só a um minuto do fim o At. Madrid assegurou a vitória, por Salvio (Falcao abriu marcador aos 9m, mas Diouf empatou antes do intervalo), pelo que as cautelas justificavam-se em território alemão.

As melhores oportunidades pertenceram todas ao At. Madrid, uma delas uma perdida incrível de Falcao nos minutos iniciais do segundo tempo. O Hannover criou ataques mas nunca conseguiu conclui-los (zero remates na primeira parte). Os espanhóis estiveram muito sólidos a defender, permitindo poucas movimentações aos da casa e espreitando o ataque sempre que possível. Não foi um jogo brilhante mas eficaz. Afinal, o Atlético até estava em vantagem na eliminatória.

Falcao, logo aos 16 minutos, teve nos pés... o primeiro cartão amarelo, após uma entrada por trás no calcanhar direito de Rausch. O árbitro inglês Mark Clattenburg não perdoou.

Adrián ameaçou aos 31 minutos, após centro de Diego, mas o cabeceamento saiu ao lado. Falcao desperdiçaria no reatamento (48m), novamente a passe do brasileiro, mas na cara de Zieler perdeu o ângulo e o remate saiu desnorteado.

A primeira ameaça do Hannover surgiu à passagem do minuto 51. Perea evitou o pior e Godín afastou da área, uma vez mais sem Courtois tocar sequer na bola.

Com o tempo a passar, o Hannover arriscou mais, cedendo, por isso, espaço de manobra ao Atlético para carimbar o apuramento. Assim aconteceu aos 63 minutos, na sequência de um grande trabalho individual de Adrián, a tirar vários defesas do caminho, incluindo o guarda-redes, e a rematar para a vantagem.

O At. Madrid descansou à sombra do resultado e foi punido. Tal como na primeira mão, Diouf empatou, agora a nove minutos do fim. O empate servia as contas dos «colchoneros», mas Falcao fez questão de fazer outras contas. A quatro do apito final, jogada com início em Adrián, assistência de Diego e a «bala» do colombiano, a selar a tranquilidade no apuramento para as meias.