O Atlético Madrid cumpriu a formalidade no segundo jogo com o Bayer Leverkusen, no Vicente Calderón, gerindo a vantagem que tinha conseguido no primeiro jogo, na Alemanha (4-2), sem grandes sobressaltos. Das poucas vezes que a defesa colchonera hesitou, lá estava Oblak, gigante, a manter o resultado num tranquilo nulo para a equipa de Diego Simeone.

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Missão ingrata para Tayfun Korkut, o novo treinador do Bayer, que sucedeu a Roger Schmidt, afastado há duas semanas, depois da goleada consentida diante do Borussia Dortmund (2-6). Além de estar obrigado a vencer fora por uma diferença de três golos, o novo treinador chegou a este jogo privado de algumas peças determinantes na equipa alemã. Hakan Çalhanoçlu e Benjamin Henrichs estavam castigados, enquanto Jonathan Tah, Lars Bender, Ömer Toprak e Stefan Kiessling estavam todos impedidos devido a problemas físicos.

É verdade que Diego Simeone também não pôde contar com Filipe Luís e Gabi, também suspensos, além dos lesionados Kevin Gameiro e TIago, mas o treinador argentino tem um plantel com mais soluções.Como lhe competia, o Bayer procurou assumir a iniciativa do jogo, com três B’s no meio-campo - Bellarabi, Baumgartlinger e Brandt – acompanhados por Kampl, a procurar fazer a bola chegar aos dois homens da frente, Chicharito Hernández e Volland. O Atlético, por seu lado, deixou jogar, procurando apenas que os alemães não conseguissem elevar a intensidade do jogo, cedendo a bola ao adversário, mas recusando-lhe espaços, com Godín e Giménez implacáveis na sua zona de jurisdição. Foram apenas dez minutos, depois o Atlético reclamou a bola  e passou a controlar ainda com maior autoridade, chegando mesmo a ameaçar a baliza de Leno nas duas melhores ocasiões da primeira parte.

O Bayer tinha apenas tentado rematar fora da área, mas sem acertar com a baliza de Oblak, enquanto o Atlético podia ter resolvido a eliminatória nos últimos instantes antes do intervalo. Num grande passe de Godín, Griezmann desmarcou Correa, com um toque subtil e o argentino, apenas com Leno pela frente, atirou ao lado. Logo a seguir foi Koke que, com um remate do meio da rua, quase surpreendeu o guarda-redes alemão. O intervalo chegou logo a seguir, sem que os jogadores colchoneros tivessem suado as camisolas. Uma primeira parte muito tranquila para a equipa de Simeone que se limitou a controlar as fracas iniciativas dos alemães.

A segunda parte prosseguiu com o mesmo ritmo baixo, com o Atlético a deixar jogar e a continuar a ter as melhores oportunidades de golo, com Griezmann mais uma vez em destaque logo no primeiro lance. As oportunidades sucederam-se na área do Bayer, primeiro numa iniciativa individual de Correa, depois numa tentativa de chapéu de Griezmann. Diego Simeone, sempre nervoso junto à linha, sentiu-se mais confiante com os sinais que a sua equipa ia transmintindo dentro do campo e lançou Gaitán no jogo, abdicando de Correa.

No entanto, logo a seguir, um erro de Giménez permitiu ao Bayer, no mesmo lance, somar mais remates do que tinha conseguido em toda a primeira parte. Brandt rematou para uma primeira defesa de Oblak, depois Kampl também tentou a sua sorte, por duas vezes, para mais duas defesas do esloveno, a segunda delas com a cara. A bola ainda sobrou para Chicharito que atirou, nu quarto remate consecutivo, ao lado. Foi o melhor momento do Bayern, mas que teve apenas o condão de fazer brilhar o antigo guarda-redes do Benfica.

Um lance que assustou Simeone que, logo a seguir, lançou Savic para o centro da defesa, fazendo Giménez subir para «trinco», procurando, desta forma, trancar definitivamente o acesso à área de Oblak. No entanto, logo a seguir, bomba de Bellarabi com o pé esquerdo a obrigar a nova defesa apertada do guarda-redes colchonero. Não havia nada a fazer na perspetiva dos alemães. Quando a defesa do Atlético falhava, estava lá Oblak.

Uma eliminatória que ficou, acima de tudo, decidida no primeiro jogo, em Leverkusen. O jogo desta noite foi apenas uma formalidade, com o Atlético, sem se esforçar muito, a deixar clara a sua superioridade sobre os desfalcados alemães.