Os Guerreiros voltam a ultrapassar o leão e a atiçar o dragão. Na receção a um Feirense frágil e pouco ousado o Sp. Braga cumpriu com o que se lhe incumbia, foi competente e venceu (4-0) com um golo de Wilson Eduardo e hat-trick de Dyego Sousa.

O brasileiro foi o nome maior num dos primeiros jogos da 13.ª jornada da Liga, chega-se à frente da lista de melhores marcadores, ultrapassando Bas Dost, e chega o Sp. Braga à frente do campeonato, ainda que à condição. Noite praticamente perfeita do avançado, marcou na passada, como gosta, de cabeça e ainda de grande penalidade. A contagem foi fechada por Wilson Eduardo, também de grande penalidade, numa fase do jogo em que o brasileiro já não estava em campo.

Competência e seriedade do Sp. Braga a toda a prova, a equipa arsenalista soube ser paciente, não se expôs apesar do domínio total do jogo e manietou por completo o Feirense. Assiste de poltrona ao desenrolar da jornada.

Dyego mostra que a manta é curta

Cedo se percebeu que a diferença entre os dois conjuntos ia construir um jogo praticamente de sentido único. Foi precisamente o que se verificou, mesmo sem acelerar muito e num ritmo não muito elevado o Sp. Braga conseguiu encostar o Feirense à sua área, construindo as suas movimentações ofensivas a toda a largura do terreno do jogo.

O mérito dos bracarenses é inequívoco, mas a falta de capacidade do Feirense foi igualmente evidente. A equipa de Nuno Manta foi sempre muito curta, sem capacidade para ter o esférico e progredir no terreno de forma organizada e com a bola controlada.

Dyego Sousa mostrou que a manta Fogaceira é demasiado curta com um bis na primeira metade, a ganhar no duelo direto com Briseño por duas ocasiões. Primeiro ganhou em velocidade no ombro a ombro, driblou o central e bateu Brígido sem dificuldades. Depois ganhou de cabeça no coração da área, assinando o segundo num dos últimos lances da primeira metade.

Duplo castigo máximo desnivela o marcador

Vantagem tranquila da equipa de Abel ao intervalo face a um Feirense que o máximo que conseguiu na primeira metade foi um pentear do esférico de Briseño na sequência de uma bola parada. Na segunda metade o Feirense tentou dar um ar da sua graça, teve mais tempo no meio campo adversário, mas sempre sem capacidade para criar perigo. Um pontapé de canto aqui ou ali, um cruzamento mais difícil de controlar, mas capacidade quase nula para construir lances com princípio, meio e fim.

Uma questão de tempo até Dyego fazer o terceiro da sua conta pessoal ao bater o estreante Bruno Brígido na transformação de uma grande penalidade. Os bracarenses viriam ainda a chegar ao quarto, novamente de penálti, desta feita transformado por Wilson Eduardo.

Triunfo inquestionável dos bracarenses, o quarto consecutivo depois da derrota no Dragão a cimentar a estatística do histórico de receções do Sp. Braga ao Feirense. Os Fogaceiros nunca pontuaram na cidade dos arcebispos, somaram a sexta derrota em seis jogos e já são onze as jornadas sem vencer. A equipa de Nuno Manta fica à mercê do que o desenrolar da jornada ditar, podendo baixar para a linha de água. Uma antítese com o Sp. Braga, que toca no topo, ainda que à condição.