Pressionado para quebrar o jejum no campeonato, o Nacional recebia o Tondela, que também procurava conquistar pontos, numa deslocação sempre difícil à Madeira. E a equipa da casa não fez por menos, partindo logo com os olhos postos na baliza.

Os alvinegros apanharam o Tondela ainda a dormir e progrediram quase sempre ao primeiro toque, e logo aos 36 segundos, Rúben Micael abriu o ativo, concluindo da melhor forma um cruzamento rasteiro de João Vigário. Era o golo mais rápido na presente edição da Liga.

Depois do golo, contudo, só deu Tondela, e os beirões subiam no terreno para importunar a defensiva madeirense que, ainda assim, ia dando conta do recado. A espaços, os homens da casa também protagonizavam algumas jogadas ofensivas que, por seu turno, provocavam calafrios nas hostes auriverdes.

Numa dessas jogadas, aos 14 minutos, Rochez quase aumentava a vantagem. O cruzamento foi bem medido da esquerda, mas o hondurenho acertou mal na bola ao cabecear. Seguiu-se a resposta tondelense, aos 20 minutos, quando Rafael Barbosa atirou a centímetros do poste da baliza de Daniel Guimarães, depois de aproveitado um erro da defesa insular. Daniel que ainda estaria em destaque três minutos depois, ao negar um golo quase certo a Mario González.

Os jogadores do Nacional aceleravam o ritmo quando chegavam às laterais, arrancando uma série de cartões amarelos a homens do Tondela, incluindo uma segunda admoestação a Bebeto, que viu, aos 27 minutos, o segundo amarelo após travar Camacho em falta. O jogo tinha estado aberto durante quase toda a primeira parte até então, mas, depois da expulsão, as equipas baixaram a intensidade.

Ainda assim, aos 44 minutos deu-se uma nova soberana oportunidade para o Tondela, a deixar mais um aviso para a defensiva madeirense. Salvador Agra atirou às malhas laterais e ainda ganhou o canto. Pouco depois, a resposta foi dada por Camacho, com um remate forte, a obrigar a uma defesa a dois tempos de Niasse.

O regresso das cabines trouxe um jogo novamente animado, com algum domínio do Nacional. Riascos, aos 57 minutos, teve tudo para aumentar a vantagem, mas o esférico saiu ao lado, naquele que seria um sério aviso para os tondelenses. Isto porque volvidos 10 minutos, a formação de Luís Freire conseguiu chegar mesmo ao segundo golo.

Rúben Micael, já em esforço, fez um passe a rasgar para Rúben Freitas, que cruzou rasteiro para a pequena área. O central Medioub fez um corte defeituoso e a bola sobrou para Riascos, que só teve de encostar para o fundo das redes.

Mesmo com dificuldades depois de ter ficado a jogar com menos um elemento, o Tondela não baixou a guarda e ainda procurou ativamente o golo até aos minutos de descontos. Nos últimos cinco minutos do encontro, os beirões conseguiram chegar com perigo à grande área do Nacional, provocando alguns sustos e deixando os alvinegros em sentido.

O final frenético ainda trouxe nova oportunidade para o Nacional, mas Niasse negou o golo a Riascos, já numa altura de parada e resposta. E já no último lance do encontro, o Tondela ficou ainda com menos um jogador, fruto de mais um duplo amarelo a Khacef.

Com o apito final, selou-se o triunfo da equipa caseira, que quebrou uma série de três derrotas seguidas no campeonato.