José Augusto acompanhou a cerimónia de trasladação de Eusébio para o Panteão Nacional e recordou algumas das muitas histórias que partilhou com o antigo Pantera Negra ao longo de mais de uma década no Benfica.
 
«Hoje é um dia de festa, um dia de paz, uma homenagem justa que aqui se pratica, porque o Eusébio foi realmente um embaixador itinerante do país na sua época. Foi um jogador excecional, um futebolista corretíssimo que sempre mereceu os elogios não só dos colegas, mas também dos adversários», destacou o antigo extremo do Benfica.
 
Uma cerimónia que conduziu Eusébio até ao Panteão Nacional. «Ao lado de reis, Presidentes da República, artistas, escritores, faltava um futebolista de grande calibre como é o caso de Eusébio. Era um colega extraordinário de quem temos saudades», prosseguiu José Augusto.
 
O antigo internacional não esquece o amigo e explica como mantém uma relação próxima com o Pantera Negra. «Tenho na minha sala de estar um troféu que simboliza o Eusébio quando fazia os remates fatais. Todos os dias o vejo e não o vou esquecer o resto da minha vida. Quando chego a casa e as coisas não me correm bem, desabafo com o Eusébio. Aquele troféu simboliza uma década de convivência, cumplicidade, de amor e paixão pelo nosso Benfica», revelou.
 
Uma relação intensa que começou com a chegada de Eusébio ao Benfica em 1960. «Quando ele chegou, logo na primeira semana, vimos que era um jogador, ainda que novo, com uma maturidade e um conhecimento sobre tudo o que o futebol tem dentro de si. Depois dos primeiros treinos, dissemos logo uns para os outros, um de nós tem de sair. Foi o Santana que deixou de ser titular», recordou.
 
Uma de muitas histórias recordadas por José Augusto, como aquele «golo do meio-campo», logo no início do jogo, em Montevideu, frente ao Peñarol.