Segundo triunfo consecutivo do Aves com direito a fuga aos lugares de despromoção. Depois de aprender a vencer fora na última jornada, o Desp. Aves superiorizou-se (2-1) a um Rio Ave que apenas tinha sofrido uma derrota na Liga e consegue uma lufada de ar fresco nas suas contas.

A equipa do Aves jogou grande parte do jogo em superioridade numérica, facto que teve um peso determinante no jogo. Nadjack foi expulso aos quinze minutos depois de dar com o pé na cabeça de Nildo, dando origem a uma grande penalidade. A exibição avense começou por ser prometedora, merece elogios, mas obviamente fica refém dessa superioridade numérica que penalizou duplamente o Rio Ave.

Rio Ave que perdeu a oportunidade para se colar, ainda que à condição, a FC Porto e Sp. Braga. Depois do empate caseiro frente ao Nacional os vila-condenses voltam a perder nas Aves, onde há menos e um mês tinham sido derrotados na Taça da Liga.

Entrada franqueada

Empolgado pelo triunfo em Chaves, o Desp. Aves entrou a todo gás no encontro procurando um inédito segundo triunfo consecutivo na presente edição da Liga. Uma entrada forte em jogo que acabou por ser franqueada por uma ação imprudente de Nadjack. O lateral fez falta grosseira na área, foi expulso e deu aos avenses oportunidade para se adiantarem no marcador quando estava cumprido um quarto de hora.

Rodrigo converteu o castigo máximo e confirmou a supremacia da equipa de José Mota, que já era inequívoca antes da expulsão e do golo, mas que acabou por distanciar ainda mais as duas equipas. Apenas a espaços o Rio Ave conseguiu estender o seu jogo, normalmente pela velocidade de Galeno ou pelo músculo de Vinícius.

Cenário convidativo para o Aves: as suas flechas da frente a capacidade das suas transições são conhecidas, a jogar com mais um elemento perante uma equipa que apenas sabe jogar apoiado conjugou-se um convite para ampliar a vantagem. Amilton, Nildo e Derley apareceram várias vezes com espaço e Léo Jardim foi colecionando defesas.

Nos descontos da primeira parte o segundo golo chegou mesmo num lance de bola parada. Canto da direita de Rodrigo, com os dois centrais a fabricar o golo na área. Ponck desviou de cabeça e Diego Galo confirmou ao segundo poste com a coxa.

Três pontos seguros com controlo

Golo em boa hora na perspetiva avense, permitindo à equipa de José Mota gerir as incidências do encontro. Foi precisamente isso que aconteceu, o Aves pausou o jogo, fez com que pouco se jogasse na segunda metade com o intuito de travar as intenções de resposta do Rio Ave.

José Gomes trocou Carlos Vinícius por Dala tentando dar velocidade e um sentido mais vertical ao seu ataque ao juntar as duas principais setas da sua equipa no ataque. Teve mais bola a equipa vila-condense, mas sem grande capacidade de progressão, exceção feita aos últimos minutos, nos quais o Desp. Aves se encostou à sua área. Bruno Moreira ainda reduziu e provocou uma reação final do Rio Ave, mas sem chegar para igualar.

Triunfo inequívoco do Desportivo das Aves numa tarde inglória do Rio Ave, que desde cedo viu a sua estratégia ferida de forma irreparável. Alheio a isso, o Aves fez o que lhe competia e respira com mais tranquilidade com a cabeça fora de água.


Veja o resumo da partida: