Um dia após a final da Liga dos Campeões, que se jogou no Estádio do Dragão com mais de 14 mil pessoas nas bancadas, o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, lamentou a ausência de público português nos recintos desportivos.

Em declarações ao Porto Canal, antes do jogo quatro da final do campeonato de basquetebol, o dirigente apontou a injustiça do cenário, perante o que se assistiu na véspera.

«É uma tristeza [ter o pavilhão vazio] num jogo tão importante, que merecia casa cheia, e temos as bancadas sem pessoas. É lamentável e incompreensível», começou por dizer.

«Houve uma final, com dois clubes ingleses, com público inglês, e não houve o mínimo incidente no estádio. Houve ordem, disciplina, distanciamento e máscaras. Foi a prova de que é possível ter público nos estádios. Houve incidentes na Ribeira, como houve em Albufeira, como há em todos os sítios onde há aglomerados e abuso de álcool», acrescentou.

Pinto da Costa deixou críticas ao Governo português e à mensagem que este passa com o sucedido.

«Acho que o Governo português passou um atestado de mediocridade ao povo português, ao permite que 15 mil adeptos estrangeiros, mas se forem portugueses já não pode vir ninguém. É lamentável. Precisávamos de homens como o Humberto Delgado que dissessem, ‘obviamente, demitam-se’. Mas infelizmente já não existem», declarou.

«Deixava um conselho ao senhor primeiro-ministro António Costa: demita-os e, se não é capaz, demita-se o senhor.»