O dérbi vimaranense foi mole; não teve a garra e a intensidade de outros tempos, mas teve Rochinha para decidir. O capitão do Vitória fez a diferença ao marcar o único golo do encontro (0-1) no recinto cónego, amealhando os três pontos para os conquistadores, que saem da jornada 28 com a esperança reforçada.

A equipa de Pepa, que não esteve no banco, aproximou-se do emblema da frente na tabela e ainda ganhou terreno aos oponentes que seguem na perseguição ao sexto lugar, que pode ser o último de acesso às competições europeias. Não precisou de uma tarde de inspiração, bastando a competência para conseguir o triunfo.

A esperança que se reforça para o Vitória, escapa-se por entre os dedos ao Moreirense, que sofreu o quarto desaire consecutivo numa série de sete jogos sem vencer. Vê os lugares a salvo ficarem mais distantes e parece não ter a tal esperança para reagir e para lutar pela fuga àquela que é atualmente a sua posição.

Sem intensidade de dérbi

Fruto dos resultados da jornada, para além do fator dérbi, quer Moreirense quer Vitória entraram em campo com sentimentos diferentes. A equipa da casa subiu ao relvado em último lugar e vendo os lugares a salvo a seis pontos, enquanto que o Vitória espreitava uma oportunidade para ganhar pontos ao quinto classificado e conseguir uma margem para o sétimo.

A verdade é que tal não espicaçou nem uma nem outra equipa, com Moreirense e Vitória a entrar em campo de forma pouco intensa, encaixados e sem rasgos de criatividade que pudessem fazer a diferença. Um remate de primeira de Rafa Soares logo nos instantes iniciais, já na pequena área, foi o principal lance de uma primeira metade em que o Vitória acabou por entrar melhor.

Os cónegos foram crescendo com o tempo, soltaram-se das amarras que os bloqueavam e, mesmo sem qualquer oportunidade de verdadeiro perigo, acabaram por criar mais lances ofensivos. Faltava, ainda assim, a i intensidade de um verdadeiro dérbi o embate entre equipas vimaranenses.

Rochinha inspira-se para resolver

A toada foi estada. Manteve-se ao longo dos noventa minutos perante os 3486 espectadores presentes nas bancadas. Foi mais eficiente, contudo, o Vitória, fabricando lances de maior perigo. Rochinha, que até nem estava numa tarde propriamente inspirada, cresceu no jogo e assinou os principais lances da equipa de Pepa, que não esteve no banco.

Primeiro deixou um aviso ao rematar por cima ao segundo poste após Pasinato ter defendido para a frente, como pôde, um remate de Janvier. Pouco depois de completa uma hora de jogo o capitão do Vitória marcou mesmo. Lance pelo lado direito, boa combinação, Maga faz o cruzamento, mas Estupiñán não consegue a emenda: a bola sobra para Rochinha desviar do guarda-redes cónego já de ângulo apertado.

Esse lance definiu o encontro. Rochinha ainda tentou abrilhantar a sua prestação com um golo de bandeira, mas não teve sucesso. Geriu a vantagem o Vitória, perante um Moreirense que não teve capacidade de reação. A equipa de Sá Pinto apenas reagiu no final, com mais coração de que cabeça, mas sem os efeitos desejados.

Cai para último depois desta jornada o Moreirense, sustenta o sexto lugar o Vitória num dérbi que esteve longe de empolgar.