Declarações do treinador do Vitória de Guimarães, Luís Castro, na conferência de imprensa após o empate frente ao Vitória de Setúbal (1-1), em jogo da 23.ª jornada da Liga:

[Dois pontos perdidos ou um ponto ganho?] «Perdemos dois pontos, jogamos sempre para ganhar. Há dois momentos na segunda parte em que podemos fechar o jogo, pelo Davidson e o Tozé, não conseguimos. Depois de uma boa primeira parte dominada por nós o Vitória de Setúbal reagiu, fez mais futebol direto, perdemos algumas vezes a primeira e a segunda bola, o jogo ficou muito emocional e o Vitória de Setúbal teve a felicidade de chegar ao empate e isso penalizou-nos dois pontos.»

[Quinto lugar ainda é possível?] «Se faltassem duas jornadas ainda era possível, assim ainda mais. O que me custa é quererem acabar já com o campeonato, mas isso no futebol não existe, são 34 jornadas, há muitas batalhas pela frente, vamos ter algumas conquistas e alguns dissabores. A distância é de cinco pontos, em duas jornadas tudo pode virar ao contrário, vamos jogar sempre para ganhar. No fim faz-se um balanço.»

[Jogo estava muito emocional, a mensagem para os jogadores foi para acalmar?] «A mensagem foi passando para dentro, precisávamos de ter mais tempo no ataque, para aquela emoção baixar. Depois também era preciso para baixar as linhas do Vitória de Setúbal, as linhas deles eram obrigadas a baixar e isso permitisse que quando recuperassem a bola estivessem muito baixos. Não acontecendo isso naturalmente o jogo entrou em transições. Devíamos ter tido uma maior gestão do jogo no último terço, mas houve aqui alguns fatores que passaram despercebidos mas que condicionaram um pouco. O Joseph era um elemento de ligação e saiu lesionado, depois o Pedrão foi expulso, acabámos por fazer duas substituições de forma obrigatória.»

[As muitas ausências são contrariedades a mais?] «Sim, não vou dizer que é um quadro que facilita, preferimos sempre ter toda a gente à disposição, mas já mostrámos em vários momentos do campeonato que conseguimos reagir e vamos conseguir reagir. Precisamos de recuperar deste jogo, os jogadores trabalharam muito, um jogo de transições obriga a um grande desgaste físico. Claro que preferíamos ter todos disponíveis, ficamos mais frágeis não tendo todos, mas isso não nos impede de olhar para os jogos para vencer.»