Declarações de José Couceiro, treinador do V. Setúbal, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, depois do empate a uma bola frente ao V. Guimarães:

[Satisfeito com o resultado?] «Não saio daqui contente, mais uma vez saio triste. É só ver o lance do golo, não sei como é que o VAR não consegue ver as linhas da relva. O V. Setúbal fez hoje o jogo 2000 na Liga, é um histórico. Em trinta jogos da Liga temos muitos pontos não ganhos devido a erros. O V. Setúbal já não devia estar nesta confusão. Devíamos ter saído daqui com a vitória. Já nem falo das intensidades nos penáltis, porque isso é normal, já dou de barato. Os critérios disciplinares não dou e esta situação também não. Em trinta jogos não podemos ser sempre prejudicados. E não, não estamos satisfeitos. Estamos tristes e apreensivos com tudo o que se tem passado, eu pessoalmente estou apreensivo. O Vitória, o nosso Vitória, fundado em 1910 merece muito mais respeito. Hoje não posso calar a revolta da equipa. Não tem nada a ver com o V. Guimarães, salvaguardo já isso».

[No jogo jogado acreditou no triunfo?] «Não entrámos muito bem no jogo, demos algum espaço e permitimos que o V. Guimarães ganhasse alguma confiança. Depois recuperámos e tentámos ganhar o jogo, não baixámos as linhas para defender o resultado. Houve agora no fim algum frisson, mas essencialmente do público. Tive que fazer alguma gestão da equipa para a fase final da época. Não vou dizer que o resultado final não é justo. Eles marcaram um golo que não devia ser validado, nós marcámos um de pontapé de canto».

[Yannick Dajaló não jogava há quase dois anos. Que palavra tem para ele?] «A que lhe disse a ele. Fico muito satisfeito que ele tenha recuperado, uma recuperação fantástica. Espero que não tenha nenhuma recaída. O Yannick é um jogador com qualidade, que nós sempre pensamos que nos podia dar qualidade. No início uma das ideias era ter várias soluções, tínhamos o Edinho e o Gonçalo e podíamos jogar com o Djaló por trás. Vamos devagarinho, vamos tentar que cresça para poder jogar mais, estamos perto do fim e sabemos que não tem noventa minutos».