A figura: Jonas

Até o ar que respira deve ser diferente dos outros. Não se vê quando ele expira numa noite fria, com esta do Bonfim, na qual Jonas voltou a ser determinante. O golo saiu-lhe num pontapé que, apesar de não ser difícil, não era fácil para um jogador comum. Para um finalizador como ele, foi quase como respirar. De resto, foi o Jonas habitual no serviço aos colegas - que passe para Rafa no segundo tempo! -, a combinar com eles, aproximá-los a eles a à equipa do golo. Caminhou com ar altivo em campo, pois dificilmente tem motivos para andar cabisbaixo: Jonas raramente joga mal. E no Bonfim não foi exceção, numa noite em que até em terrenos recuados se apressou a ir para ajudar o Benfica.

O momento:  minuto 90

O Benfica não aumentou a vantagem nas duas oportunidades que teve por Rafa e, por isso, terminou a sofrer e com Odysseas Vlachodimos a negar o 1-1 a Cadiz. Tão decisivo como o golo.

Outros destaques

Grimaldo

Quando vê caminho à frente não hesita. Grimaldo voltou a estar em bom plano ofensivo e foi nele que nasceu o 1-0. A jogada com Gedson que Jonas terminou foi apenas uma de algumas iniciativas que o espanhol teve. Com a bola no pé sabe quase sempre o que fazer, por onde ir e quem encontrar. É dos maiores desequilibradores do futebol encarnado. E sim, joga a lateral-esquerdo.

Zivkovic

Boas combinações à esquerda com Grimaldo, o que não é para surpreender, entre dois futebolistas que parecem que têm o mesmo futebol na mente. Não foi um jogo de encher o olho do sérvio, mas ficou mais uma noite positiva, que até podia ter terminado em golo: Zivkovic atirou ao poste aos 30 minutos.

Odysseas Vlachodimos

Um jogador de campo pode ser figura com um só golo e, portanto, o mesmo se pode aplicar a um guarda-redes. Ainda para mais quando a diferença no marcador é mínima e ele salva a vitória. O internacional grego fez muito pouco durante todo jogo, mas quando foi necessário, segurou o que Jonas construíra.

Jhonder Cadiz

Muita luta, muita entrega, menor habilidade técnica. Surge aqui como espelho individual do coletivo vitoriano, que o tentou servir de forma direta. Cadiz lutou muito com Jardel e quase sempre perdeu. A perseverança ia dando frutos, quando teve o 1-1 na cabeça.