Um golo do venezuelano Jhonder Cádiz permitiu ao V. Setúbal arrancar três pontos na receção ao Feirense e colar-se, ainda que à condição, ao Santa Clara no 7.º lugar da classificação com 14 pontos.

O segundo duelo da jornada 10 da Liga esteve longe de representar uma boa escolha de programa para uma sexta à noite. Por variadas razões: pelo mau estado do terreno, pelas muitas faltas de parte a parte e pela ausência de ação junto às áreas contrárias.

FILME E FICHA DE JOGO

O V. Setúbal-Feirense foi um filme macambúzio, daqueles em que o consumidor sente vontade em sair da sala ao intervalo. Ao todo, foram três os remates feitos na direção das balizas e outros tantos sem qualquer perigo.

Perante um Feirense declaradamente em crise e sem vencer desde a 2.ª ronda do campeonato, o conjunto de Lito Vidigal foi quem errou menos e sai de cena a justificar a conquista dos três pontos.

Com as duas equipas estruturadas em sistemas iguais – 4x2x3x1 – cedo se percebeu que a preocupação maior dos dois treinadores estaria no controlo de um jogo cuja fita rolou lentamente, demasiado lentamente até ao fim.

Aos 20 minutos, quando Mendy atirou para as redes fogaceiras numa cabeçada poderosa na sequência de um cruzamento de Éber Bessa, a equipa da casa já estava por cima do jogo, mas sem criar jogadas de verdadeiro perigo.

Sem haver sinais de uma reação efetiva do Feirense, a equipa de Nuno Manta chegou à igualdade aos 33 minutos. Joel Pereira saiu de forma extemporânea dos postes para socar um lançamento de linha lateral e acabou por colocar a bola na cabeça de Cris, que atirou tranquilamente para o empate com a baliza sadina desguarnecida.

Se houve período no qual o jogo teve motivos de interesse foi nos últimos 15 minutos da primeira parte. Pouco depois do golpe, Nuno Valente desperdiçou uma excelente oportunidade para voltar a colocar a equipa da casa na frente, mas atirou ao lado.

Na etapa complementar, só Cádiz quebrou o marasmo. O avançado venezuelano foi o primeiro homem a ser lançado por Lito Vidigal e apontou o golo do triunfo sadino aos 72 minutos, na sequência de um canto batido por Nuno Pinto desde a esquerda.

Por essa altura, o técnico dos fogaceiros já tinha preparado duas substituições de uma assentada, mas Luís Machado e João Silva viram o golo (ainda) de fora.

Ainda que com novos atores em campo, o desempenho dos intérpetes dos visitantes manteve-se na mesma linha: sofrível e com problemas graves para chegar com perigo ao último terço.

Catorze anos depois, o Vitória volta a levar a melhor sobre o Feirense.

Confira o resumo do jogo: