O Estoril fechou a sexta jornada da Liga com um triunfo em Vizela, escalando vários lugares na tabela classificativa. Um golo de Erison na sequência de um pontapé de canto, em cima da meia hora de jogo, fez a diferença, proporcionando ao conjunto da linha voltar aos triunfos (0-1).

A decisão dos três pontos foi uma questão de bolas paradas. Entre domínio de jogo repartido – esteve melhor o Estoril na primeira metade, respondeu o Vizela na segunda – os vizelenses desperdiçaram uma oportunidade soberana para marcar, antes do intervalo, na marcação de um penálti.

Prevaleceu o golo de Erison para os estorilistas amealharem os três pontos, defendidos até ao último fôlego. Acabou por cima o Vizela, mesmo em inferioridade numérica, mas o conjunto de Nelson Veríssimo aguentou-se.

Estoril marca de canto, Vizela desperdiça penálti

À flor do relvado duas formas distintas para o mesmo objetivo. O Estoril praticou um futebol mais elaborado, com posses de bola mais longas e mais trabalhadas para arranjar espaço para ferir o adversário. Do outro lado, a equipa da casa tentava ser mais vertiginosa nos ataques, fazendo por chegar com poucos passes à área adversária.

Perante estas formas diferentes de encarar o jogo, o Estoril teve mais posse de bola, como é simples de perceber, e por isso acabou por ficar mais confortável no jogo, menos exposto ao erro. Chegou ao golo pouco antes da meia hora de jogo, na sequência de um pontapé de canto. Joãozinho bateu na direita, o ponta de lança Erison desviou de forma letal ao primeiro poste.

Lutou e esbracejou o Vizela, à base da crença, mas a realidade é que não se conseguiu articular verdadeiramente para responder à desvantagem. Podia até ter chegado ao intervalo em igualdade, mas Osmajic tirou tinta do travessão da baliza estorilista na cobrança de um castigo máximo que o próprio sofreu.

Vizela com muita crença, mas pouca afinação

Alteraram-se os pratos da balança no segundo tempo. Como mandam as leis do futebol, em desvantagem o conjunto de Álvaro Pacheco reagiu e passou a jogar uns metros à frente no terreno de jogo, tendo também mais bola e mais chegadas efetivas ao último reduto da equipa da linha. Passou a jogar em contragolpe o Estoril, como também se sentiu confortável.

O Estoril manteve-se sempre controlado e soube interpretar os momentos do jogo. Foi neste limbo que o cronómetro evoluiu. A tarefa vizelenese ficou mais complicada ao minuto 73, quando Tomás Silva foi expulso por acumulação de amarelos. Manuel Mota entendeu que o lateral simulou grande penalidade e deixou o Vizela em inferioridade numérica.

Mesmo em inferioridade o Vizela perseguiu o empate, frente a um Estoril que abdicou de jogar. Jogou com o relógio de forma pouco elegante – daí os nove minutos de compensação – e até dos gontragolpes abdicou. A crença não foi suficiente para o Vizela, que somou o quinto jogo consecutivo sem vencer.