Diogo Jota não passou pela formação de nenhum dos denominados «grandes» do futebol português, mas agora brilha com a camisola do Liverpool.

Convidado de uma sessão digital da Web Summit 2020, o internacional português destacou a importância da perseverança no percurso que tem construído.

«Os miúdos de 14 e 15 anos hoje já têm contratos profissionais, o que é bom, mas não foi o meu caso. Até ter 16 anos pagava para jogar e jogava para me divertir. Cheguei a treinar em clubes grandes, mas nunca fiquei. São pequenas desilusões, mas tudo correu bem. O segredo é nunca desistir. Cada experiência torna-te mais forte», referiu o avançado, citado pela agência Lusa.

Jota recordou depois a passagem pelo Atlético de Madrid, sem sucesso, e deixou a garantia de que ajudou-o a evoluir.

«Mesmo quando as coisas não correm como esperado, podemos sempre aprender com as experiências. Eles vinham de uma final da Liga dos Campeões [em 2013/14]. Fiz a pré-época, que significou muito para mim, e aprendi muito. Poderia estar à espera de mais, mas sair era a melhor opção para a minha carreira e não me arrependo», explicou.

O internacional português falou também da transferência para o Liverpool, no último mercado de transferências, e da influência que assumiu logo no campeão inglês.

«Quando chegas a um novo clube, ter uma mente aberta é a chave para te adaptares o mais rápido possível. Como a temporada já estava em andamento, cabia-me encontrar uma forma de entrar na equipa e não o contrário, provando ao treinador que podia ser importante em campo. Foi o que fiz com a ajuda do Jurgen, que é fantástico», afirmou.

Apesar do bom arranque em Liverpool, Diogo Jota não esconde o desejo de sentir o carinho dos adeptos em Anfield.

«O futebol sem adeptos é estranho. Obviamente, quando se joga por um clube como o Liverpool, parece que falta alguma coisa. Temos muitas conversas dessas com o ‘staff’ e entre jogadores sobre as coisas que nos estão a faltar. Sentir o ambiente de Anfield é o que mais anseio. Não sei dizer o quanto, porque ainda não senti isso», concluiu.