Com o mercado praticamente fechado, apenas com portas entreabertas na Rússia e Turquia, mas já sem possibilidades de inscrição nas provas europeias, o Maisfutebol foi à procura dos jogadores que ficaram «encalhados». À procura daqueles jogadores que preencheram muitas páginas de jornais durante o defeso, mas que acabaram por não encontrar colocação e ficaram no mesmo clube. Juntámos os dez nomes mais proeminentes, mas a lista que pode crescer com a sua colaboração.

Começamos em Espanha, mais precisamente pelo Real Madrid,com Kaká e Ricardo Carvalho que continuam «merengues», apesar do pouco espaço que têm na «galática» equipa de Mourinho. O brasileiro já era segunda opção na temporada passada e esteve a um passo de ingressar no Paris Saint-Germain ou mesmo de regressar ao Milan, mas acabou por ficar, com um espaço de manobra ainda mais reduzido, depois da chegada do croata Lukas Modric. O antigo internacional português também perdeu o lugar depois de uma série de lesões e José Mourinho deixou-lhe um aviso: ou saía para jogar, ou ficava, consciente de que não ia ter muitas oportunidades. O defesa optou pela segunda via.

Mas é em Inglaterra onde há mais «encalhados», jogadores que estão dispensados, mas que não abdicam dos elevados salários e optaram por não sair, mesmo sabendo que não vão jogar. É o caso do francês Florent Malouda que, com mais um ano de contrato com o Chelsea, preferiu ficar a treinar nas «reservas» do que procurar um novo clube. A mesma situação com Kolo Touré que, aos 31 anos, já não tem espaço na milionária equipa do Manchester City, mas preferiu ficar para ver o irmão Yaya jogar.

O Arsenal contribuiu com dois jogadores para esta lista. O avançado francês Marouane Chamakh, depois de uma temporada no banco, parece que está pronto para outra, depois de não ter encontrado interessados na sua contratação. Mais gritante é a situação de Arshavin. A antiga estrela russa voltou aos «gunners» depois de um empréstimo ao Zenit e nem em peço de saldo conseguiu encontrar um novo clube para dar continuidade à sua carreira.

Na Liga Premier, há ainda o caso de Bebé. O avançado português esteve emprestado ao Besiktas, mas não se conseguiu impor. De volta ao Manchester United, o jovem jogador vai ficar a treinar com as reservas, à espera de melhor sorte em janeiro. Na Turquia, Bebé cruzou-se com Ricardo Quaresma, que passou de «estrela» do Besiktas», para um poço de problemas para o clube de Istambul, com uma série de casos de indisciplina. Esteve à venda no mercado, mas ninguém lhe pegou. A mesma situação com Sidnei. O central foi devolvido pelo clube turco ao Benfica, mas não entra nas contas de Jorge Jesus.

Em Portugal há mais casos de «encalhados». A começar por Rolando, o primeiro jogador a falar de mercado, muito antes deste abrir. Choveram notícias de alegados interessados no central do F.C. Porto, mas o mercado abriu e fechou sem que o defesa saísse. Perdeu o lugar no onze de Vítor Pereira e, agora, nem é convocado para os jogos da liga. Vida difícil.

No Benfica, além de Sidnei, há o caso Alan Kardec, vítima do excesso de avançados na equipa de Jorge Jesus. Falou-se num possível regresso ao Brasil, mas a verdade é que o avançado ficou e, com a chegada de Lima, acabou por perder também um lugar na Champions. Mais gritante ainda é o caso de Júlio César. Depois de uma temporada emprestado ao Granada, o guarda-redes voltou agora à Luz. O clube bem tentou, mas não conseguiu encontrar interessados no guarda-redes que Jesus foi buscar ao Belenenses em 2009.

Uma lista de dez jogadores que pode ser bem mais dilatada com a sua contribuição. Quem é que acrescentava a esta lista de «encalhados»?